A Comissão Europeia não renovou a autorização da utilização de beta-cipermetrina em fitossanitários, afirmando que os pesticidas com aquela substância activa são “um risco elevado para os organismos aquáticos, as abelhas e os artrópodes”. O pedido tinha sido feito pela empresa Cerexagri SAS, do Reino Unido.
Segundo o Regulamento de Execução 2017/1526 da Comissão de 6 de Setembro de 2017, “avaliaram-se os efeitos dessa substância activa na saúde humana e animal e no ambiente, no que respeita às utilizações propostas pelo requerente”.
O projeto de relatório de avaliação foi analisado pelos Estados-membros e pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos. Em 27 de Maio de 2014, a Autoridade apresentou à Comissão as suas conclusões sobre a avaliação dos riscos de pesticidas relativa à substância activa beta-cipermetrina. A Autoridade concluiu que para as utilizações avaliadas de beta-cipermetrina existe um “risco elevado para os organismos aquáticos, as abelhas e os artrópodes não visados”.
Falta de informação
Além disso, a avaliação dos riscos para os organismos do solo e para os organismos aquáticos e a avaliação da exposição das águas subterrâneas “não puderam ser concluídas, dado que não foram facultadas informações suficientes sobre o destino e o comportamento da fracção do anel ciclopropilo da beta-cipermetrina. Por outro lado, diz o Regulamento, “não foram fornecidas informações sobre o metabolismo dos animais de criação, que são necessárias para confirmar a definição de resíduos em produtos de origem animal, nem informações sobre o perfil de toxicidade do metabolito PBA e a sua relevância na avaliação dos riscos para os consumidores”.
“Apesar dos argumentos apresentados pelo requerente, não foi possível resolver os aspectos preocupantes mencionados”, realça aquela Autoridade europeia. A Cerexagri SAS pode ainda apresentar um novo pedido relativo à beta-cipermetrina.
Agricultura e Mar Actual