A FPAS — Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores alerta que “com o foco confirmado de Peste Suína Africana detectada em javalis na Itália, o risco de disseminação da PSA à área mediterrânea da Europa é iminente”. E defende que “deve ser diminuída ou mesmo suspensa a importação de animais vivos, carne e produtos cárnicos durante os próximos meses”.
A posição surge depois de a Peste Suína Africana (PSA) ter chegado à Itália. Foi detectado o primeiro caso num javali selvagem na região do Piemonte, no Noroeste da Itália. De acordo com vários meios de comunicação italianos, o animal foi encontrado em Ovada, na província de Alessandria, a 30 km a Noroeste de Genova e a 85 km a sudeste de Turim.
Explica a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores, na sua newsletter semanal, que a infecção por PSA foi confirmada pelo Centro Nacional de Referência para a Peste Suína (Cerep) do Instituto Experimental Zooprofilático da Úmbria e Marche. Uma primeira suspeita do vírus já tinha sido dada pelo Instituto Experimental Zooprofilático do Piemonte, Ligúria e Valle d’Aosta.
FPAS alerta
Tendo sido identificado o primeiro surto de Peste Suína Africana em Itália, a FPAS “reforça a necessidade da vigilância e do reforço das medidas de biossegurança nas explorações portuguesas”. A disseminação da PSA no continente europeu “tem-se intensificado e nunca como agora esteve tão próxima das fronteiras portuguesas”.
Por isso, a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores afirma que “com o foco confirmado de Peste Suína Africana detectada em javalis na Itália, o risco de disseminação da PSA à área mediterrânea da Europa é iminente”.
“Entendemos ser um imperativo nacional proteger o País, o sector e os empresários (…) deve ser diminuída ou mesmo suspensa a importação de animais vivos, carne e produtos cárnicos durante os próximos meses, até se conhecer o desenvolvimento e evolução da doença”, frisa a Federação.
Por outro lado considera que devem ser realizados os controlos pertinentes na origem no caso das importações e que devem ser tomadas medidas de precaução pertinentes no que respeita aos trabalhadores oriundos de zonas afectadas.
“Nesta situação de alerta máximo, exige-se responsabilidade aos operadores para blindar Portugal da entrada da PSA”, devendo “ser feita a vigilância sanitária dos animais”, acrescenta a FPAS.
E realça que devem ser identificados os animais (porcos e javalis), a sua traçabilidade e controlo de movimentos, com especial atenção aos movimentos ilegais, comunicando ao corpo de inspecção qualquer indício de ilegalidade.
“Apelamos ao reforço das medidas de biossegurança das explorações e ao seguimento escrupuloso das medidas preventivas emanadas pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária” diz ainda a Federação.
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