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Pastagens e culturas forrageiras com produtividades próximas do normal

As condições meteorológicas ocorridas na Primavera, exceptuando Março, que foi muito seco, favoreceram o desenvolvimento das pastagens e forragens de sequeiro, que se encontram em fim de ciclo, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas previsões agrícolas a 31 de Maio.

E acrescenta que a disponibilidade de matéria verde nas pastagens da maioria das explorações pecuárias de regime extensivo permitiu suprir as necessidades alimentares dos efectivos pecuários ao longo do mês, estando a utilização de fenos palhas, silagens e/ou alimentos concentrados restrito a situações específicas e em quantidades inferiores às da campanha anterior. Os cortes das áreas forrageiras (naturais ou semeadas) para fenar continuaram a decorrer, com produtividades próximas do normal.

As condições meteorológicas e hidrológicas permitiram assegurar com normalidade os trabalhos agrícolas em curso, nomeadamente os cortes de forragens, a instalação das culturas de Primavera e a realização de tratamentos fitossanitários. Foram também favoráveis ao desenvolvimento vegetativo das searas, pastagens e forragens, bem como das culturas permanentes.

Maio quente e muito seco

O mês de Maio caracterizou-se, em termos meteorológicos, como quente e muito seco. A temperatura média do ar, 16,2ºC, foi 0,5ºC superior à normal 1971-2000. Quanto à precipitação, o valor médio de 32,8mm corresponde a um desvio de -38,4mm face à normal (-54%). De referir que, em dezassete dos últimos vinte anos, o mês de Maio registou valores médios de precipitação inferiores à normal. Salienta-se a ocorrência, no dia 31 de Maio, de aguaceiros fortes, queda de granizo e trovoada, em alguns locais das regiões da Beira Alta e Trás-os-Montes.

No final de Maio, e de acordo com o índice meteorológico de seca PDSI, verificou-se um aumento da área e da intensidade da seca meteorológica: cerca de 1/4 do território continental está na classe de seca fraca (12% no final de Abril) e 16% nas classes moderada e severa (8% em Abril). As zonas mais afectadas são o Baixo Alentejo e o Algarve, que estão, maioritariamente, em seca moderada, e o Alto Alentejo e Nordeste Transmontano (em seca fraca).

O teor de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, diminuiu em todo o território, sendo que no Nordeste Transmontano, Baixo Alentejo e Algarve muitos locais apresentam valores inferiores a 20%.

Reservas hídricas nos 82% da capacidade total

Quanto às reservas hídricas, o volume de água armazenado nas albufeiras de Portugal continental4 encontrava-se nos 82% da capacidade total, valor inferior ao registado no final do mês anterior (84%) mas consideravelmente superior ao valor médio de 1990/91 a 2019/20 (78%) e ao valor registado em Maio de 2020 (73%).

Nas charcas e albufeiras de pequena dimensão as disponibilidades de água estão, regra geral, próximas dos níveis normais para a época.

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