A ocorrência de precipitação em Outubro, ainda que escassa, beneficiou os olivais tradicionais de sequeiro (que ainda representam cerca de ¾ da área total desta cultura), verificando-se um aumento do calibre da azeitona.
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Novembro de 2019, do Instituto Nacional de Estatística (INE), nos olivais intensivos e super-intensivos de regadio, a gestão equilibrada dos recursos hídricos garantiu a disponibilidade de água até ao final da campanha de rega, o que permitiu o regular desenvolvimento de uma carga de frutos consideravelmente superior à observada no ano passado, esperando-se um aumento de 20% da produtividade da azeitona para azeite.
Para a azeitona de mesa o aumento ainda deverá ser mais significativo, com o rendimento unitário a rondar as 2 toneladas por hectare (+35%, face a 2018).
Água no solo
Acrescentam os técnicos do INE que, no final de Outubro, de acordo com o índice meteorológico de seca PDSI, registou-se um desagravamento da situação de seca meteorológica apenas nas regiões do Norte e Centro.
A percentagem do território afectado pelas classes mais intensas de seca meteorológica (severa e extrema) mantém-se inalterada face ao mês anterior, com cerca de 36% do território nesta situação, essencialmente a Sul do Tejo.
O teor de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, aumentou em relação ao final de Setembro, principalmente no Norte e Centro. No entanto, em alguns locais da região de Vale do Tejo e nas regiões do Alentejo e Algarve os valores continuam inferiores a 20%.
Agricultura e Mar Actual