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Número de empresas agrícolas cresce 3,7%, com rendibilidade de 8% em 2015

A agricultura está a dar mostras de dinamismo. Segundo o Banco de Portugal, as empresas do sector estão a crescer e a aumentar a rendibilidade.

 

O número de empresas em actividade no sector agrícola cresceu 3,7% em 2015 em relação ao ano anterior, 2,5 pontos percentuais (p.p.) acima do total das empresas portuguesas. Por cada empresa do sector que cessou actividade, foram criadas 1,7 novas empresas, situando-se o rácio de natalidade/mortalidade 0,5 p.p. acima do valor para o total das empresas.

Em 2015, a rendibilidade dos capitais próprios do sector agrícola aumentou 2 p.p. em relação ao ano anterior, para 8%. Esta rendibilidade foi superior à registada pelo total das empresas (7%), situação que tem sido verificada desde 2011. A “indústria de produtos agrícolas” apresentou a rendibilidade mais elevada (10%), seguida da registada no “comércio de produtos agrícolas” (7%).

O Banco de Portugal actualizou no passado dia 30 de Novembro o “Estudo da Central de Balanços | 11 – Análise do Sector Agrícola”, com informação sobre a situação económica e financeira das empresas pertencentes ao sector agrícola entre 2011 e 2016.

Este estudo foi publicado pela primeira vez em 2012, com informação relativa ao período 2007-2012. Os resultados são apresentados por referência às classes de dimensão – microempresas, pequenas e médias empresas (PME) e grandes empresas – e aos segmentos de actividade económica (“agricultura”, “indústria de produtos agrícolas” e “comércio de produtos agrícolas”), e comparados com os resultados do total das empresas nacionais.

9% das empresas portuguesas são agrícolas

Segundo o banco central, em 2015, o sector agrícola compreendia 9% das empresas em Portugal (35 mil empresas), representando 14% do volume de negócios e 9% do número de pessoas ao serviço. Comparativamente a 2011, a relevância do sector agrícola no total das empresas registou variações marginais. Ainda assim, a sua dinâmica comparou favoravelmente com a do total das empresas: o peso do sector aumentou 1,0 pontos percentuais (p.p.) ao nível do número de empresas e do volume de negócios e 0,4 p.p. no que respeita ao número de pessoas ao serviço.

A “agricultura” representava 43% das empresas do sector. A maior parcela do volume de negócios estava associada à “indústria de produtos agrícolas” (49%), seguida do “comércio de produtos agrícolas” (42%). A “indústria de produtos agrícolas” era também o segmento mais relevante no número de pessoas ao serviço (57%).

Micro-empresas ainda dominam

O sector era maioritariamente constituído por micro-empresas (85%). No entanto, as PME, representativas de 15% das empresas, eram responsáveis pela maior parcela do volume de negócios (53%) e do número de pessoas ao serviço (57%). As PME eram, de resto, mais relevantes no sector agrícola do que no total das empresas. As grandes empresas, embora pouco expressivas em termos do número de empresas (0,3%), agregavam 34% do volume de negócios e 18% das pessoas ao serviço.

Sector agrícola domina distrito de Portalegre

O estudo do Banco de Portugal adianta que os distritos de Lisboa e do Porto eram responsáveis por 27% e 13% do volume de negócios do sector, respectivamente. A dispersão do volume de negócios pelos outros distritos era mais notória neste sector do que no total das empresas. O sector agrícola assumia maior relevância no distrito de Portalegre, ao agregar 49% do volume de negócios das empresas que aí tinham sede.

Crescimento pelo mercado interno

O banco central acrescenta que o volume de negócios do sector agrícola aumentou 3% em 2015, em relação a 2014 (2% no total das empresas). O crescimento do volume de negócios foi transversal a todas as classes de dimensão (4% nas grandes empresas, 3% nas PME e 1% nas micro-empresas) e segmentos de actividade (9% na “agricultura”, 4% na “indústria de produtos agrícolas” e 1% no “comércio de produtos agrícolas”).

O mercado interno tem determinado a evolução do volume de negócios do sector (com excepção de 2012 e 2013, anos em que o mercado externo apresentou um contributo positivo superior). O sector exportador compreendia 6% das empresas, 29% das pessoas ao serviço e 35% do volume de negócios das empresas do sector agrícola em 2015, pesos similares aos observados no total das empresas (6%, 24% e 37%, respectivamente).

Pode consultar o documento na íntegra aqui.

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