A Câmara Municipal de Montalegre informa que foi apresentado, discutido e aprovado o seu Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) para o período de 2021 a 2030. O encontro, realizado no salão dos Paços do Concelho, reuniu várias entidades do ramo da Protecção Civil.
Diz a autarquia em nota de imprensa que o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios “constitui um instrumento de planeamento que se pretende dinâmico e adaptado à realidade local”, promovendo a “articulação das características sócio biofísicas com as dinâmicas e responsabilidades das entidades presentes no território municipal, de forma a efectivar as alterações necessárias que maximizem a Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI)”.
E acrescenta que o PMDFCI constitui uma actualização da versão de 2015 do PMDFCI de Montalegre. Esta actualização tem o intuito de englobar as alterações verificadas desde então no que respeita à DCIR — Defesa contra Incêndios Rurais, assim como harmonizar as dinâmicas territoriais rurais, para definição e planeamento integrado de acções de DCIR para o território concelhio.
O PMDFCI do concelho de Montalegre visa, assim, operacionalizar a nível municipal as normas contidas na legislação DCIR, em especial os objectivos estratégicos decorrentes do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, em concordância com o Programa Regional de Ordenamento Florestal (PROF) e com o Plano Distrital de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PDDFCI).
Para o vice-presidente da Câmara de Montalegre, David Teixeira, “deste novo plano que hoje trouxemos para discussão e para envio e aprovação do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e Florestas] saliento o envolvimento dos agrupamentos de baldios e, sobretudo, uma preocupação de todas as entidades no sentido de criar uma maior resiliência no âmbito da nossa floresta. Queremos que a floresta autóctone e o pinhal se tornem mais resistente ao fogo. Criar uma rede de pontos de abastecimento de água também para o combate dos meios aéreos. Aproveitamos os novos instrumentos financeiros que o Ministério do Ambiente proporciona para o melhoramento de pastagens e tornar a montanha um local onde o pastoreio pode conviver com caça e com a floresta”.
E salienta David Teixeira que “isso tem sido o equilíbrio mais difícil de fazer no nosso território. Este novo plano visa criar estas novas vertentes para o território e um maior envolvimento das entidades que gerem a região. Temos que pensar em ter uma visão mais holística do território que promova o interesse global da região”.
Por sua vez, Eduardo Carvalho, do ICNF, refere que “este plano tem outras ambições. Vamos ter situações que nos permitem ir de encontro às necessidades do território. Há a inclusão de gestão de novas formas de gestão. Há beneficiação do território florestal associado ao território urbano. Estão salvaguardados muitos assuntos para que não se repitam problemas de anos anteriores. Há um estreito relacionamento entre as várias entidades, nomeadamente entidades fiscalizadoras”.
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