A Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, participa na reunião informal de ministros da Agricultura da União Europeia (UE), de 3 a 5 de Setembro, no Palácio de Congressos e Exposições de Córdoba, em Espanha.
“Neste encontro será debatido o papel das novas tecnologias, como instrumentos para tornar a agricultura mais resistente às alterações climáticas, incluindo as mais recentes técnicas genómicas. Nas sessões de trabalho será ainda abordada a crescente insegurança alimentar global, causada pelas alterações climáticas, crises económicas e conflitos”, refere uma nota de agenda do Gabinete da Ministra da Agricultura e da Alimentação.
Segundo nota da Presidência Espanhola do Conselho da União Europeia, as sessões de trabalho dos ministros “centrar-se-ão na procura de soluções inovadoras que utilizem novas tecnologias para tornar a agricultura mais sustentável e competitiva face às alterações climáticas e às suas consequências”. Sob o título “Novas tecnologias para uma agricultura mais sustentável e resiliente”, os ministros europeus trabalharão para “posicionar a UE na vanguarda da inovação agroalimentar”.
Por outro lado, as sessões de trabalho discutirão como abordar a crescente insegurança alimentar global causada pelas alterações climáticas, crises económicas e conflitos. “Estes desafios comprometem seriamente a consecução do objectivo de erradicação da fome e da subnutrição, incluído na Estratégia de Desenvolvimento Sustentável 2030”, acrescenta a presidência espanhola.
Técnicas genómicas
Relembre-se que uma das propostas legislativas da Presidência espanhola do Conselho da UE promove as variedades vegetais produzidas com recurso a novas técnicas genómicas (NGT), apresentadas pela Comissão Europeia em 5 de Julho.
As NTG, “ao contrário das modificações genéticas, permitem desenvolver de forma precisa as variedades vegetais mais adaptadas às novas condições derivadas das alterações climáticas, especialmente as relacionadas com a seca. O objectivo é desenvolver sementes e plantas resistentes a pragas e doenças e utilizar menos recursos naturais, menos fertilizantes e menos produtos fitofarmacêuticos. O resultado: produção mais sustentável e rentável para os agricultores”, salienta a mesma nota do governo espanhol.
E adianta que “o novo quadro jurídico permitirá que esta inovação seja utilizada no processo de criação de novas variedades mais resilientes num período de tempo mais curto e a um custo inferior ao dos métodos actuais. Contribuirá igualmente para a transição para um modelo mais sustentável, produtivo e adaptado às alterações climáticas, o que reduzirá igualmente a dependência da UE das importações face a cenários políticos instáveis”.
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