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Ministro da Agricultura não acredita em suspensão de fundos europeus

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, considerou esta quarta-feira, 21 de Setembro, que o sector “atravessa um bom momento”, apesar de problemas pontuais e avançou não acreditar que o Parlamento Europeu venha a suspender os fundos europeus.

“Creio que a agricultura, apesar de problemas pontuais que sempre existem, atravessa um bom momento, e a prova disso é que é um sector que está a crescer a um ritmo que é o dobro do resto da economia”, disse Capoulas Santos à margem da conferência do 2.º Roteiro 2020 para a Agricultura Portuguesa, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, segundo o site da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal, que cita a Lusa.

O ministro lembrou ainda a existência de “algumas dificuldades e problemas em alguns mercados como Angola e Brasil”, mas explicou que as exportações continuam “com um ritmo impressionante”, sendo um sector em que todos os dias “se pula e avança, se investe e inova”.

28 mil projectos

Capoulas Santos acrescentou que neste momento Portugal tem candidatados aos fundos comunitários geridos para a agricultura “mais de 28 mil projectos”, estando já decididos 10 mil, o que corresponde um investimento superior a mil milhões de euros, frisou.

Questionado acerca de uma eventual suspensão de fundos europeus para Portugal e Espanha por parte do Parlamento Europeu, Capoulas Santos acredita que tal não virá a acontecer.

“Não acredito, fui deputado europeu durante dez anos. Conheço razoavelmente o funcionamento do Parlamento Europeu e não creio que deste possa sair uma decisão lesiva para Portugal. Naturalmente compreendo o apelo do meu colega de Governo aos deputados para as consequências negativas que uma tal decisão poderia acarretar, mas estou muito confiante de que isso não vai acontecer”, explicou.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, dirigiu uma carta aos eurodeputados alertando que uma suspensão de fundos europeus, mesmo que parcial e temporária, teria efeitos mais danosos para a economia portuguesa do que a aplicação de uma multa.

Entre outros argumentos, o Governo português lembrou que, ao tomar uma decisão, a Comissão “deverá também ter em conta a situação económica e social dos países, sendo que Portugal continua com uma taxa de desemprego acima da média europeia, assim como o impacto na economia”, que, assinalou o ministro, seria “forte”, pois “afectaria a confiança e os planos de investimento, muitos dos quais dependentes dos fundos comunitários”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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