A Ministra da Agricultura portuguesa, Assunção Cristas afirmou ontem, à saída de uma reunião em Bruxelas, que ainda não há suficientes detalhes para se avaliar da «bondade» da proposta para apoios extraordinários aos agricultores. A Comissão Europeia não explicou como vão ser alocados às diferentes medidas os 500 milhões de euros previstos num pacote de ajuda financeira ao sector, nem como vão ser distribuídos entre os Estados-membros, assuntos que serão discutidos no conselho informal de Agricultura, que se realiza dentro de uma semana no Luxemburgo.
Assunção Cristas acrescentou que a proposta de Bruxelas contempla vários aspectos que foram referenciados por Portugal, como o apoio direto ao rendimento dos agricultores, antecipação dos pagamentos das ajudas ligadas ao leite, a abertura de mercados e um apoio mais significativo à promoção.
A Comissão Europeia “está a trabalhar num pacote de ajuda orientada, para todos os Estados-Membros, com um destaque particular paraos Estados mais afectados pelos desenvolvimentos do mercado”, lê-se na página da Comissão. O que já está definido é que os países da União podem avançar até 50% (uma percentagem que pode aumentar até aos 70%) dos pagamentos directos aos agricultores a apartir de dia 16 de Outubro, em vez de esperarem até Dezembro.
A Comissão está também a “trabalhar com o Banco Europeu de investimento em opções para o estabelecimento de novos instrumentos financeiros” de apoio aos agricultores.
Um polícia ficou ferido ontem durante os protesto organizados por agricultores, em Bruxelas. Os agricultores, sobretudo produtores de leite e de carne, fecharam ao trânsito as ruas da capital belga com tractores e romperam as barreiras policiais para chegarem à sede da União Europeia, onde estavam reunidos os ministros da Agricultura da União.
Agricultura e Mar Actual