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Portucel cria maior viveiro de eucaliptos clonais em África

O projecto é da Portucel-Soporcel, está a ser desenvolvido na Zambézia, em Moçambique e destina-se a criar localmente clones de eucalipto para alimentar um projecto local. Este é o maior viveiro do género em África e foi recentemente inaugurado pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, e pelo CEO da Portucel-Soporcel, Pedro Queiroz Pereira.

O viveiro localiza-se no Luá, no coração da província da Zambézia, em Moçambique, e emprega mais de 130 colaboradores moçambicanos especializados. Este viveiro tem uma dimensão de 7,5 hectares e uma capacidade instalada anual de produção de mais de 12 milhões de plantas.

O investimento da Portucel Moçambique, detida em 80% pelo grupo Portucel Soporcel e em 20% pelo IFC, do grupo Banco Mundial, no desenvolvimento deste viveiro atingiu cerca de 6,5 milhões de euros. O investimento global da Portucel Moçambique no país será superior a 2,1 mil milhões de euros e irá criar 7.000 postos de emprego nas províncias de Manica e Zambézia.

O viveiro da Portucel Moçambique irá permitir a criação local de clones de eucalipto para alimentar o desenvolvimento de um projecto integrado de produção florestal, localizado nas províncias de Manica e Zambézia, e produção industrial de pasta de papel e energia em Moçambique.

O projecto florestal da Portucel Moçambique é desenvolvido de acordo com um modelo de mosaico, garantindo que pelo menos um terço das suas parcelas de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT) continuarão a ser detidas e utilizadas pelas comunidades residentes, sendo a actividade florestal apenas criada em áreas que as comunidades e as famílias considerem adequados para tal actividade.

Em 2023 irá entrar em funcionamento uma unidade industrial de transformação do eucalipto em pasta de papel e de produção de energia a partir de biomassa proveniente da actividade florestal e industrial.

Estima-se que esta unidade industrial, sustentada no projecto florestal da Portucel Moçambique, contribua em cerca de 1.000 milhões de dólares para a balança comercial do país, refere a empresa.

Segundo especialistas, as principais características e vantagens do uso do clone na área florestal são a semelhança entre as plantas provenientes de uma mesma planta clonada, resultando em plantios com grande uniformidade em relação às características silviculturais e tecnológicas, assim como a possibilidade de obtenção de clones com boa adaptação às adversidades ambientais, permitindo contornar problemas de doenças e situações de ambientes inadequados ao plantio com material genético a partir da propagação sexuada, como a semente.

A utilização do clone permite ainda o incremento na produção das florestas clonais, viabilizando custos acessíveis e competitivos às empresas. Por essas razões, a utilização de clones vem sendo cada vez mais adoptado nas empresas florestais.

O grupo Portucel Soporcel é o terceiro maior exportador em Portugal, sendo o que gera o maior valor acrescentado nacional. O Grupo representa aproximadamente 1% do PIB português, cerca de 3% das exportações nacionais de bens, perto de 8% do total da carga contentorizada e de 7% do total desta carga e da carga convencional exportada pelos portos nacionais.

Durante o ano de 2014, o grupo Portucel Soporcel atingiu um novo máximo histórico de produção de papel, tendo aumentado o volume de vendas em 3% para mais de 1.564 mil toneladas, possibilitando que o Grupo tenha alcançado um aumento do seu volume de negócios para 1.542,3 milhões de euros.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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