O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, diz que a sidra madeirense, ultrapassados os constrangimentos que a limitava, ao nível da concepção e da acidez, é hoje, “graças à evolução, à tecnologia e ao conhecimento dos produtores e dos técnicos, uma das melhores sidras o mundo e uma variedade que vai dar cartas no mercado”.
Miguel Albuquerque, que falava hoje, 20 de Fevereiro, na inauguração da sidraria da Adega do Pomar, um investimento privado do empresário Márcio Nóbrega, salientou ainda a importância das sidrarias e da sidra na reabilitação do património que é o pêro da Madeira, realça uma nota de imprensa do Executivo madeirense.
O governante sublinhou a reintrodução no mercado de um conjunto de pêros e maçãs que fazem parte da história da ilha, “e que pelo seu sabor e pela sua qualidade devem ser aproveitados em função de um produto que é também único e singular: a sidra da Madeira”.
Rum da Madeira
Miguel Albuquerque recordou ainda que o que se está a passar com a sidra, passou-se já com o rum da Madeira, que tem tido uma transformação enorme, inclusive ao nível de designação, com o abandono comercial da expressão aguardente e sua substituição por rum. O “Rum da Madeira que passou de um volume de negócios de três milhões de euros para cinco milhões de euros, em apenas dois anos. E o Vinho Madeira teve rendimento superior a 22 milhões de euros em 2022 e exportamos para todo o lado”, salientou.
O líder madeirense destacou ainda que “os nossos pêros, autóctones, têm sido conservados graças a um conjunto de carolas, que têm mantido e acarinhado a preservação destas espécies (…) Se não fossem eles esta variedade toda já teria desaparecido, Quero agradecer a essas pessoas”.
Por outro lado, Miguel Albuquerque lembrou o investimento que o Governo Regional tem feito ao nível das sidrarias, dando como exemplo a que se criou em Santo António da serra (Machico), que em 2022 já produziu 36 mil litros de sidra, já tratada e adequada ao consumidor, proveniente de 42 produtores. E ainda lembrou a que já foi criada nos Prazeres, lembrando que está na forja uma no Jardim da Serra.
“Portanto, temos aqui todo um potencial de negócio que tem de ser aproveitado. Para tal, temos de continuar a melhorar a qualidade, aumentar o preço de modo a valorizar o produto e temos de ser profissionais na sua divulgação, a começar elos rótulos das garrafas”, salientou o presidente do Executivo madeirense.
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