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Mercado português conta com mais de 420 produtos de pesca sustentável com o selo azul do MSC

A evolução de produtos de pesca sustentável com o selo azul do Marine Stewardship Council (MSC) em Portugal tem sido de grande dinamismo. Hoje o mercado português conta com mais de 420 produtos com o selo azul (mais 133% do que em 2019), com várias espécies, categorias e marcas na liderança deste movimento azul.

Mas, “a verdade é que a presença de atum MSC nos pontos de venda ainda tem uma expressão reduzida (apenas 1,8% de todo o pescado possível de encontrar com o selo azul no País) e um longo caminho pela frente”, mas os dados referentes a Portugal presentes no relatório Sustainable Tuna Yearbook, publicado pelo Marine Stewardship Council, “assim como os compromissos das empresas portuguesas com o atum certificado indicam que se está a abrir um novo cenário no mercado nacional”, refere uma nota de imprensa do MSC.

Portugal tem uma longa tradição na pesca e indústria atuneira. O consumo desta espécie é por isso também uma prática comum e quotidiana, sendo o atum actualmente a terceira espécie de pescado mais consumida pelos portugueses, atrás do bacalhau e pescada, com 3,3 Kg/per capita. Está disponível em vários formatos, mas a categoria que faz entrar no pódio é o atum em conserva, não fosse o atum enlatado uma opção prática e versátil para muitos consumidores, adianta a mesma nota.

E acrescenta que, em 2020, “o consumo de atum enlatado aumentou globalmente, Portugal não foi excepção, devido à sua acessibilidade e estabilidade. A pandemia contribuiu para essa tendência, já que a demanda por alimentos enlatados aumentou”.

Em 2024, as tendências mantêm-se, as conservas continuam a registar crescimento no consumo, com os consumidores a optar por produtos do mar mais acessíveis. “É interessante notar que o desenvolvimento de conservas de atum MSC também acompanhou este período e ainda que a expressão no mercado seja limita, tendo em conta a enorme variedade e oferta, já é possível encontrar conservas de atum MSC nos supermercados Aldi Portugal, Continente e ainda a marca A Poveira”.

Conservas de atum MSC representam 30,2% do total de produtos

As conservas de atum MSC representam 30,2% do volume de toda a variedade de categorias de produtos possível de encontrar pelos consumidores, “mas sabendo a dimensão desta categoria no mercado nacional, existe a necessidade de reforçar o trabalho conjunto para que a oferta de atum MSC passe por mais categorias e marcas de conservas”.

O atum MSC em Portugal é vendido também nos formatos congelados, preparados e refrigerados. Para além destes formatos, também eles de conveniência para o consumidor, destacamos o atum descongelado MSC vendido nos hipermercados Modelo Continente, que através da sua certificação da Cadeia de Custódia, tornam possível o consumo responsável desta espécie também neste formato tão tradicional como são os balcões das peixarias.

Exportação de conservas

O atum com a certificação do MSC tem também sido um crescente aliado para a exportação de conservas nacionais pelas empresas portuguesas, principalmente das conserveiras nacionais, que têm aliado à sua sabedoria e tradição no fabrico de conservas de maior qualidade, uma oferta sustentável de matéria-prima nos mercados mais exigentes do Norte de Europa, EUA e Austrália.

Em 2022, no universo de 209 M€ de produção portuguesa de conservas de atum (mais 28% que em 2021), as conservas com o selo azul representam já 10 M€ de produção portuguesa de atum MSC. O ano de 2022/23 observou um aumento significativo no comércio externo de atum MSC pelas conserveiras nacionais, com um aumento em volume de 340% relativamente ao ano anterior.

“Numa categoria e espécie tão procurada no mercado nacional, sabemos que a origem do produto é muito importante para o consumidor, marcas e empresas. Para o mercado nacional, o atum dos Açores é muitas vezes incontornável e é por isso que felicitamos os compromissos dos governos regionais dos Açores e da Madeira, relativamente à aposta de tentar obter a certificação do MSC para as suas frotas atuneiras”, salienta a mesma nota.

E acrescenta: “acreditamos que este impulso pode mesmo ser o ponto crucial para incentivar ainda mais uma transformação no mercado nacional, e que o mercado possa reconhecer o trabalho por parte dos governos regionais em tentar valorizar o seu produto através da certificação sustentável mais exigente a nível mundial para as suas pescarias”.

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