A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, esteve presente num encontro com o Conselho de Presidentes da Confederação dos Agricultores de Portugal e a representar os 44 anos da CAP, onde deixou um convite a todos: “vamos, juntos, continuar a fazer da nossa agricultura parte da resposta a estes desafios que são de todos. Vamos, juntos, continuar a fazer da nossa Agricultura um dos motores de desenvolvimento sustentável em três dimensões que, jamais, podem estar desconectadas entre si: a dimensão ambiental, a dimensão económica e a dimensão social”.
A ministra da Agricultura salientou ainda que “a nossa agricultura deu já importantes passos na digitalização, colocando a inovação ao serviço das pessoas, dos produtores e dos consumidores, aumentando o seu alcance, levando-a aos mercados globais, aproximando-a de quem, do outro lado, quer mais transparência”.
Alterações climáticas
“A agricultura é um dos sectores da economia que está mais exposto aos riscos associados às alterações climáticas e à degradação do capital natural, como seja a erosão e a perda de produtividade do solo ou a escassez e falta de qualidade da água. É, então, fundamental que, cada vez mais, a exploração agrícola seja desenhada para a regeneração do ecossistema que lhe está subjacente”, avançou o membro do Governo.
Durante a sua intervenção, perante centenas de associados, Maria do Céu Albuquerque afirmou que é também essencial “a presença de uma agricultura tradicional, mais próxima da natureza, atrai pessoas, atrai os mais jovens, atrai investimento e assegura a vitalidade das zonas rurais, em íntima ligação com outras actividades, desde o turismo ao artesanato. Queremos assegurar a atractividade da actividade agrícola, apoiar a pequena agricultura e promover a renovação geracional e, para isso, a presença de uma rede de agentes económicos no meio rural é fundamental. Há que dar continuidade aos apoios e ao rejuvenescimento do tecido social, nomeadamente das zonas rurais, e à promoção e reforço das estratégias e parcerias locais. Sim, valorizar a actividade agrícola e o espaço rural é valorizar o território e o desenvolvimento nacional”.
Menos burocracia
Neste sentido, refere a ministra da Agricultura que é necessário não esquecer de garantir mais e melhores respostas “da nossa Administração Pública, dirigidas aos agricultores e às necessidades que motivam a procura de serviços públicos. Não esquecemos a relevância de simplificar procedimentos que, garantindo o acesso a ferramentas e apoios fundamentais, implicam, por vezes, burocracia que podemos, e devemos extinguir se queremos incentivar o empreendedorismo”.
O objectivo é continuar “a ouvir os nossos parceiros, a trabalhar em proximidade, conscientes de que uma agricultura aliada a um desenvolvimento sustentável passa por aspectos tão diversos. Vão desde o apoio ao regadio eficiente, como factor de promoção da competitividade e da previsibilidade da actividade económica, a medidas para simplificar a vida dos agricultores, proteger a produtividade dos solos, facilitar o acesso à terra, promover a estruturação fundiária nos territórios de minifúndio, assegurar a viabilidade da agricultura familiar, estimular o empreendedorismo e a organização da produção, dinamizar novas formas de comercialização e de distribuição de proximidade, sem esquecer a busca de novos mercados”, salientou.
Política Agrícola Comum
Antes de finalizar, a ministra da Agricultura reforçou a aposta da negociação da Política Agrícola Comum (PAC) pós-2020: “tudo faremos para alcançar um acordo político sobre a PAC e para que este seja benéfico para todos os agricultores europeus e para o desenvolvimento equilibrado e sustentável da União Europeia. Sendo certo que não poderemos esquecer que Portugal tem um histórico de utilização dos fundos da PAC com uma forte componente de medidas de apoio a sistemas agrícolas de importante valor ambiental e climático”.
Agricultura e Mar Actual
Menos burocracia e mais rápida analise dos projectos jovem agricultor, é uma vergonha dois anos para concluir a analise de um projecto.
Obrigado