O peixe-espada descarregado nas lotas da Região Autónoma da Madeira em 2020, em plena pandemia, correspondeu a 45% de todas as espécies capturadas e a 7,4 milhões de euros do total de volume de vendas, que rondou os 14 milhões de euros.
O ano de 2019 foi “o melhor dos últimos 12 anos”, em termos de volume de pescado descarregado e valor comercial, ultrapassando os 22 milhões de euros. Neste mesmo ano, o peixe-espada preto rendeu 7,5 milhões de euros e correspondeu a 34% do total das capturas, refere uma nota de imprensa do Executivo madeirense.
O ano de 2018, muito antes da pandemia, surge na estatística como “um ano bom” para a pesca regional, com um volume de facturação na ordem dos 18 milhões de euros. Destes, 8,1 milhões de euros corresponde ao peixe-espada preto e a 45% do pescado capturado.
9,1 milhões de euros té Julho
Com o ano de 2021 em curso, e a pandemia ainda latente, o volume de pescado capturado até meados de Julho rondou os 9,1 milhões de euros, 2 milhões dos quais relacionados com o peixe-espada, ou seja, 22% do total das capturas.
Os resultados destes quatro anos, com excepção para 2021, permitem concluir que em relação ao peixe-espada as capturas mantiveram-se altas em 2018, 2019 e 2020. “Verifica-se mesmo um dado interessante. No primeiro ano da pandemia da Covid-2019, em 2020, o volume de peixe-espada descarregado foi de 45% do total das espécies, sendo superior em 10 pontos percentuais ao melhor ano dos últimos 12 anos, ou seja, 2019, que registou 34%, realça a mesma nota.
Com a economia regional totalmente paralisada ao longo do último ano e meio, a restauração e hotelaria encerrados, as exportações inexistentes e o consumo interno em baixa, a estratégia do Governo Regional para o sector das pescas, através da Secretaria regional de Mar e Pescas, teve por base “garantir o abastecimento de peixe à população e, mesmo tempo, evitar excessos de captura e consequente ruptura nos sistemas de frio para garantir qualidade e segurança alimentar”.
“O Governo e os pescadores estabeleceram formas articuladas para irem ao mar e isso, de certa forma, permitiu-nos que não ficássemos numa situação de excesso de peixe”, refere o secretário Regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha.
Agricultura e Mar Actual