A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária informa que é obrigatória a vacinação contra o serotipo 1 e contra o serotipo 4 do vírus da língua azul, dos ovinos existentes nos concelhos da Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região do Algarve, mediante a primovacinação ou revacinação anual com vacina inactivada, do efectivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução, a partir dos 6 meses de idade.
A língua azul ou febre catarral ovina é uma doença epizoótica de etiologia viral que afecta os ruminantes, com transmissão vectorial, incluída na lista de doenças de declaração obrigatória nacional e europeia e na listada Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)
O Edital n.º 56 da Língua Azul (Febre Catarral Ovina), da DGAV, entrou em vigor no dia 4 de Maio de 2021 e determina as áreas das regiões autónomas dos Açores e da Madeira e as áreas geográficas das Direcções de Serviços de Alimentação e Veterinária das Regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, zonas livres de língua azul.
No Edital, assinado pela Directora-geral da DGAV, Susana Pombo, é referido que, de acordo com as especificações técnicas da vacina utilizada, é permitida a vacinação voluntária: contra o serotipo 1 e contra o serotipo 4 do vírus da língua azul na área da Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região do Algarve, de todos os bovinos; vacinação contra o serotipo 1 e contra o serotipo 4 do vírus da língua azul de ovinos e bovinos dos concelhos de Odemira, Ourique, Almodôvar e Mértola; vacinação, a título excepcional, com vacinas inactivadas contra serotipos da língua azul, não presentes em Portugal ou na respectiva Região, mediante autorização prévia da DGAV.
No caso da vacinação obrigatória, a vacina é fornecida pelo Estado às Organizações de Produtores Pecuários (OPP) cujos médicos veterinários procedam à sua aplicação.
Controlo da doença
As medidas de controlo implementadas na sequência dos serotipos do vírus da língua azul que surgiram em Portugal continental, têm sido adaptadas em função da avaliação dos resultados dos programas de vigilância e baseiam-se na delimitação de zonas de restrição, na implementação de condicionantes à movimentação animal das espécies sensíveis e de programas de vacinação.
Após um silêncio epizoótico de dois anos foi confirmado um resultado positivo ao serotipo 4 do vírus da língua azul em Novembro de 2020, no concelho de Faro, resultante da investigação de suspeitas clínicas, tendo sido confirmados mais focos e suspeitas clínicas na região do Algarve.
Na mesma região foi também confirmado um foco de serotipo 1 da língua azul após um silêncio epizoótico de mais de três anos em Portugal continental.
Pode ler o Edital n.º 56 da Língua Azul aqui.
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