A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária determinou as novas medidas específicas de protecção contra a doença da Língua Azul, ou febra catarral ovina, e alargou a área de vacinação obrigatória de ovinos. A decisão entrou em vigor no dia 25 de Outubro através do Edital n.º 41.
O documento, assinado pelo director-geral de Alimentação e Veterinária, Fernando Bernardo, refere que na sequência da “investigação de suspeitas clínicas num efectivo de ovinos do concelho de Benavente foi confirmado um foco de serotipo 1 de língua azul, o que vem determinar o alargamento da área de vacinação obrigatória ao efectivo ovino reprodutor adulto e aos jovens destinados à reprodução, dos concelhos de Benavente, Coruche, Alcochete, Palmela e freguesias de Canha e Pegões do concelho do Montijo”.
A Língua Azul ou febre catarral ovina é uma doença epizoótica de etiologia viral que afecta os ruminantes, com transmissão vectorial, incluída na lista de doenças de declaração obrigatória nacional e europeia e na lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
As medidas de controlo dos diferentes serotipos do vírus da língua azul têm-se baseado em programas de vigilância, em programas de vacinação e no controlo da movimentação dos animais das espécies sensíveis, medidas estas que têm sido adaptadas em função da evolução epidemiológica da doença.
Dois tipos de zona
Encontram-se estabelecidos dois tipos de zonas de restrição; uma zona de restrição para o serotipo 1 do vírus da língua azul que abrange a totalidade do território de Portugal Continental e uma zona de restrição por serotipo 4 do vírus da língua azul, que abrange a região do Algarve.
A vacinação obrigatória do efectivo ovino reprodutor adulto e dos jovens destinados à reprodução tem sido a medida adoptada para suster a doença nas zonas onde existem indícios de circulação viral.
Para mais informações sobre o assunto, consulte o genérico Língua Azul.
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