O Presidente do PSD, o líder do CDS-PP e o Presidente do PPM formalizaram este domingo, no Porto, o acordo de coligação Aliança Democrática (AD) para as eleições legislativas antecipadas de 10 de Março e também as europeias (9 de Junho), que junta ainda personalidades independentes “com espírito reformista e moderado”.
A decisão “é tomada colocando o interesse nacional acima de tudo e tendo em atenção a realização do bem comum e a necessidade imperiosa e urgente de uma mudança política e de políticas face à oportunidade perdida e aos múltiplos falhanços de mais de 8 anos de governação socialista, designadamente (…) O desinvestimento na competitividade da agricultura, na valorização do mundo rural e na coesão territorial“.
A Aliança Democrática propõe-se “oferecer aos portugueses uma alternativa ambiciosa, reformista e moderada capaz de gerar uma efectiva mudança política” e de políticas que demonstrem “coragem reformista orientada para o reforço dos rendimentos de todos os portugueses e o crescimento da economia sustentados no aumento da competitividade das empresas e do investimento, na qualificação dos portugueses e criação de emprego qualificado, na inovação e geração de valor acrescentado, no reforço do Portugal empreendedor e exportador, na valorização do mundo rural e do investimento na agricultura, e tendo em atenção os efeitos das alterações climáticas, os fenómenos de seca extrema e a importância da transição energética”.
Na assinatura do acordo, presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu que este é “um projecto político de esperança e confiança”, o único capaz de superar o “falhanço clamoroso” de oito anos de governação socialista. “O projecto político da AD não se alimenta nem pela ameaça nem pela hostilidade e não se move, ao contrário dos nossos adversários, pelo passa-culpas, pelo ressentimento ou pela instigação infantil do medo. Ao contrário do PS, não é um movimento político ressabiado”, afirmou.
O líder social-democrata comparou a situação actual do país à de 1979 – quando foi criada a primeira Aliança Democrática com CDS-PP e PPM – considerando que, então como agora, o País está “numa encruzilhada, num impasse”, e vive-se “um tempo de ressaca de todas as experiências de governação socialistas”, quer com maioria absoluta, quer com apoio formal ou informal dos partidos à sua esquerda. “Todas redundaram no mesmo resultado: um falhanço clamoroso dos objectivos a que se propuseram. Diante deste impasse, desta incapacidade, impõe-se mesmo criar uma nova esperança, um novo projecto de confiança”, disse.
Pode ler aqui o acordo de coligação da Aliança Democrática.
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