A Comissão Europeia confirma que as directivas Aves e Habitats da UE serão mantidas inalteradas após uma campanha promovida por várias ONGAs europeias que conseguiu uma participação recorde dos cidadãos europeus. A Coligação C6, que integra as maiores Associações de Defesa do Ambiente portuguesas e é constituída pelo GEOTA, FAPAS, LPN, Quercus, SPEA e WWF Portugal, considera que agora é necessário reforçar a implementação das directivas.
O Presidente Juncker e a sua Comissão confirmaram no dia 7 de Dezembro que as directivas da protecção da natureza na UE – as Directivas Aves e Habitats – serão salvas e não revistas e enfraquecidas, pondo fim a dois anos de incerteza sobre o seu futuro. A Comissão Europeia promete ainda um plano para implementar e fazer cumprir melhor essas directivas.
“Esta é uma vitória dos cidadãos europeus que, no âmbito da campanha SOS Natureza que decorreu em 2015 conseguindo uma mobilização recorde de meio milhão de pessoas, pediram à Comissão para salvar e fazer cumprir essas directivas. As organizações que constituem a C6 participaram activamente na campanha, mobilizando os portugueses para a protecção da natureza”, diz um comunicado da SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.
Directivas fundamentais
As directivas Aves e Habitats da UE “são fundamentais para a protecção da natureza na Europa, salvaguardando mais de 1.400 espécies ameaçadas e um milhão de quilómetros quadrados de habitats naturais, que constituem a Rede Natura 2000. As ONGs ambientais da C6 saúdam a decisão da Comissão e salientam que o trabalho mais difícil ainda está por vir”, acrescenta a mesma fonte.
Domingos Leitão, coordenador da C6 e director-geral da SPEA, afirma que “para transformar esta decisão numa verdadeira vitória para a natureza, é necessário apresentar propostas para implementar e fazer cumprir as directivas Aves e Habitats.” Nomeadamente, “mais fundos para a conservação da natureza e para a gestão da Rede Natura, e melhores leis e políticas nos sectores da agricultura, caça, pesca, energia, transportes e ordenamento do território”.
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