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JPP Açores alerta para atrasos de pagamentos aos pescadores

O cabeça de lista às eleições regionais de 2024 pelo Movimento Juntos pelo Povo (JPP) dos Açores, Carlos Furtado, visitou a Lotaçor — Serviço de Lotas dos Açores “para melhor se inteirar da realidade dos investimentos em curso na Região no sector das pescas”.

A agenda foi marcada pela “observação das dificuldades económicas dos pescadores em fazer face aos seus compromissos diários, devido aos atrasos de pagamentos aos pescadores que condicionam em muito a sua actividade”, avança uma nota de imprensa do Movimento.

Carlos Furtado entende que “o paradigma do ‘endividamento Zero’ e a sua aplicação sem revisão das necessidades dos sectores mais desprotegidos foi defendido e mantido por alguns políticos que condicionaram a possibilidade do Governo Regional avançar com parte destes valores aos pescadores açorianos”.

“Chamo atenção que em 2023, fiz chegar esta informação na altura ao presidente do Governo Açores, a minha disponibilidade para falar sobre um endividamento orçamental, no sentido de acautelar os pagamentos a quem esta à espera”, frisa o cabeça de lista do Movimento JPP Açores.

Necessidade permanente de investimentos no sector

Segundo a mesma nota, em causa está “a necessidade permanente de realização de investimentos no sector, seja pelas necessidades de manutenção de infra-estruturas bem como de equipamentos existentes, seja pela necessidade de proporcionar melhores condições de apoio à actividade piscatória, tanto mais que da valorização do pescado para exportação, que depende do trabalho realizado em terra pelos trabalhadores da Lotaçor, como por exemplo, acontece no posto de recolha em Vila Franca do Campo”.

Carlos Furtado salienta ainda que “se trabalha na Lotaçor com o maior profissionalismo e que estes trabalhadores trabalham sete dias por semana e deste modo têm de ser valorizados”, acrescentando que “é importante continuar um trabalho de continuidade que proporcione melhores condições, de trabalho, de capacidade de armazenagem para uma resposta rápida no sector”.

O candidato colocou ainda questões sobre a anunciada intenção de redução de área de actividade piscatória em cerca de 30% e as suas consequências para os pescadores dos Açores.

Carlos Furtado terminou dizendo ser “necessário repensar o sector das pescas” e que o JPP ouviu as dificuldades apresentadas e que irá ouvir os armadores para “saber a realidade de todos para se poder apresentar medidas sérias”. Porém, disse, “repensar o sector das pescas não pode nunca, ser como fez o antigo presidente da Federação das Pesca, que abandonou o sector e que agora integra as listas do Partido Socialista”.

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