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IVV estima aumento de 10% na produção de vinho na campanha 2019/20

O IVV — Instituto da Vinha e do Vinho estima de aumento de 10% na produção de vinho na campanha 2019/20 face a 2018/19.

Segundo a Nota n.º 4/2019 do IVV, estima-se que a produção de vinho na campanha 2019/2020 atinja um volume de 6,7 milhões de hectolitros.

O acréscimo global de produção, em relação à campanha anterior, é sustentado pela maioria das regiões vitivinícolas, à excepção das regiões do Tejo e de Lisboa.

Terras do Dão, Terras da Beira e Douro e Porto com maiores crescimentos

É nas regiões das Terras do Dão, Terras da Beira e Douro e Porto, onde se antecipam os maiores crescimentos de produção (igual ou superior a 30%), face à campanha anterior.

No geral, as uvas apresentam-se num bom estado fitossanitário sem registo de doenças ou pragas que causassem prejuízos significativos, consequência das condições climatéricas favoráveis verificadas até esta data, realça a nota do Instituto da Vinha e do Vinho.

Análise por região

Na região do Minho, é esperado um aumento na produção de 10%. O Inverno seco contribuiu para a destruição de muitos oósporos do míldio e, a Primavera fria não favoreceu as infecções primárias graves. As diferenças de temperatura sentidas de forma repentina, promoveram a ocorrência de algum desavinho (especialmente na casta Loureiro). Prevê-se maior produção para as castas Arinto, Alvarinho e Fernão Pires.

Trás-os-Montes

Na região de Trás-os-Montes a previsão aponta para um acréscimo na produção de 20%. Ao nível fitossanitário não se verificaram doenças ou pragas que causassem prejuízos significativos. Quanto a acidentes meteorológicos apenas referir a queda de granizo ocorrida em Julho, no concelho de Mogadouro. O aumento previsível é significativo devido à baixa produção do ano anterior.

Douro e Porto

Na região Douro e Porto prevê-se um aumento da produção de vinho de 30%. O míldio manifestou-se de forma pouco intensa, não afectando de uma forma geral, a produção. As condições climáticas verificadas, com destaque para o mês de Junho com humidade relativa elevada e dias encobertos, contribuíram para a propagação do oídio, mas sem impactos significativos na produção.

O ligeiro adiantamento no ciclo vegetativo implicará uma vindima em datas normais, prevendo-se uma boa qualidade.

Beira Atlântico

Na região da Beira Atlântico a previsão aponta para um aumento de produção de 5%, no entanto inferior à média das 5 últimas campanhas (-18%). Existe alguma heterogeneidade no tamanho dos bagos, e as videiras com muita folhagem ao nível dos cachos, facilitou o aparecimento de focos de oídio.

Terras do Dão

Na região Terras do Dão prevê-se uma subida na produção de 35%. As videiras, no geral, encontram-se em bom estado sanitário apresentando bagos bem desenvolvidos.

Ocorreram alguns focos de oídio, devido às temperaturas amenas, ligeiros aguaceiros e orvalhos, em Junho. O ciclo da planta encontra-se dentro dos valores normais para a região.

Terras da Beira

Na região Terras da Beira prevê-se um aumento na produção de 35%, em oposição ao baixo volume obtido em 2018 motivado pelos fortes ataques de míldio e pelo escaldão. Verificou-se a ocorrência de oídio, no entanto com a realização de tratamentos fitossanitários adequados, as vinhas não foram muito afectadas. Este ano a produção está dentro dos valores médios da região.

Terras de Cister

Na região Terras de Cister espera-se um aumento de 25% na produção. As videiras apresentam cachos bem formados e encontram-se em bom estado sanitário. A percentagem de água no solo é actualmente baixa, com valores entre 20 e 40%.

Tejo

Na região do Teja prevê-se uma quebra da produção (-5%). Na generalidade as videiras apresentam um bom desenvolvimento vegetativo e sem sintomas de pragas e/ou doenças. O excesso de calor registado no dia 11 de Julho resultou nalguns problemas de escaldão.

Lisboa

Na região de Lisboa perspectiva-se uma quebra de 10% na produção. Observou-se algum desavinho em castas de floração precoce e alguma perda de vigor em videiras não regadas. No geral, as plantas apresentam-se bem desenvolvidas e sem sintomas de pragas e/ou doenças. Até à data, o ciclo vegetativo regista um atraso de uma semana.

Península de Setúbal

Na região da Península de Setúbal é esperado um aumento de produção de 10%. As condições climáticas favoráveis potenciaram uvas de boa qualidade e quantidade. O míldio e o oídio revelaram-se sem importância. É esperado um aumento significativo na produção da casta Moscatel de Setúbal comparativamente com o ano passado. É expectável uma colheita de excelente qualidade.

Alentejo

Na região do Alentejo estima-se que a produção de vinho aumente 10%. O desenvolvimento vegetativo decorre de forma normal, com algum stress hídrico justificado pela baixa precipitação sentida. Até à data não há registo de pragas ou doenças com impacto significativo, antevendo um bom nível de sanidade das uvas.

Algarve

Na região do Algarve a previsão de produção aponta para um aumento de 5%, impulsionado pela entrada em produção de novas vinhas. Foram detectados pequenos focos de oídio e cicadela, controláveis e não comprometedores da produção, que se espera ser de elevada qualidade.

Madeira

Na região da Madeira estima-se um aumento de produção de 10%. Na generalidade, as vinhas encontram-se em bom estado fitossanitário.

Açores

Na região dos Açores a previsão global é de um aumento de produção de 11%. Até ao presente, as condições climatéricas concorrem para um bom desenvolvimento da vinha. A continuar esta conjuntura favorável, a expectativa é de um bom/excelente ano vitivinícola, em quantidade e em qualidade.

Pode ler a nota informativa completa aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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