O ministro da Política Agrícola, Alimentar e Florestal de Itália, Stefano Patuanelli, anunciou que vai apresentar uma versão actualizada do seu Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) até o final de Julho. E considera que a União Europeia deveria “pensar num atraso na entrada em vigor da nova PAC, talvez prevendo-se 2023 como mais um ano de transição para lidar com a actual emergência” ligada à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Explica Stefano Patuanelli que conceder uma maior flexibilidade em 2023, como ocorreu em 2021-2022 durante a pandemia, poderia evitar a necessidade de fazer alterações estruturais nos Plano Estratégico, que se aplicariam a todo o período de programação da PAC, ou seja, até 2027, avança a Euractiv, rede de comunicação social pan-europeia independente especializada em assuntos da União Europeia.
Relembre-se que, no final de Março de 2022, a Comissão Europeia enviou as suas recomendações sobre o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum de Itália, censurando Roma em particular pela distribuição de subsídios – considerados desequilibrados em favor de algumas explorações pecuárias – e pela falta de ambição em termos de protecção ambiental.
O Plano Estratégico da Política Agrícola Comum italiano, na sua forma actual, não é “suficiente”, dizia a Comissão Europeia sobre o documento entregue por Stefano Patuanelli.
E acrescentava: “não é, portanto, possível realizar uma avaliação aprofundada da consistência entre a análise Swot (uma das ferramentas de planeamento através da qual as empresas podem ter preventivamente em conta os pontos fortes, fracos e oportunidades de um determinado projecto, etc.)”.
Na prática, Bruxelas rejeitou o plano italiano, enviando-o de volta ao remetente com um convite “para preencher adequadamente todas as seções e elementos vazios ou incompletos do plano”.
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