A produção de azeite deverá registar um decréscimo de produção em volume (menos 9,3%) e um aumento dos preços de base (mais 29,6%). Este cenário de produção, para o ano civil de 2017, resulta “da agregação de partes de duas campanhas com diferentes níveis de produção: a campanha anterior (2016/2017) e a campanha actual (2017/2018)”, diz a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para 2017 do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Adiantam os analistas do INE que, na campanha actual, os olivais regados atingiram a maturação da maioria dos frutos, perspectivando-se uma produção elevada (aumento de 15,0%). Pelo contrário, nos olivais de sequeiro, que abrangem uma área maior, a escassa precipitação de Setembro e Outubro, aliada às elevadas temperaturas, conduziu a uma produtividade inferior (queda precoce ou engelhamento dos frutos) e afectou negativamente o teor em gordura das azeitonas.
A redução de oferta interna, aliada ao aumento de procura internacional (em consequência da redução da oferta dos países produtores e aumento de consumo a nível mundial) geraram um aumento de preços deste produto no ano de 2017.
Vinho cresce 10%
Em relação à produção de vinho, as estimativas apontam para um acréscimo nominal (+10,0%). As uvas entregues nas adegas encontravam-se, em geral, em boas condições sanitárias, bem amadurecidas e com elevados teores de açúcar. A vindima foi feita com tempo seco, pelo que são esperados vinhos de qualidade superior.
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