O Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê que o ano de 2021 seja duro para a actividade agrícola em termos de custos de produção. Na sua primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2021, estima que, em 2021, o consumo intermédio — bens ou serviços utilizados no processo de fabrico e transformados ou destruídos no decurso desse processo — aumente em termos nominais (+12,4%), na sequência de acréscimos em volume (+3,8%) e, sobretudo, em preço (+8,3%).
“Observou-se um aumento nominal de todas as rubricas, com particular destaque para a energia (+15,4%), os adubos e correctivos do solo (+31,0%) e os alimentos para animais (+16,1%)”, referem os técnicos do Instituto Nacional de Estatística.
Alimentos para animais
E acrescentam que o consumo de alimentos para animais (simples e compostos) deverá ser superior ao do ano anterior em volume (+3,0%) e em preço (+12,7%). As necessidades alimentares dos efectivos em regime de produção extensiva têm sido supridas com recurso a forragens verdes ou conservadas e deverão contribuir para um acréscimo em volume do consumo de alimentos simples superior ao dos alimentos compostos (+6,3% e +2,4%, respectivamente).
Quanto ao consumo de energia, diz o INE que “é importante destacar o acréscimo substancial do preço (+14,5%), que reflecte, sobretudo, a subida de preço do gasóleo”.
A primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2021 prevê que o rendimento da actividade agrícola deverá aumentar 11,1%, em termos reais, por unidade de trabalho ano (UTA), com o Valor Acrescentado Bruto (VAB) a crescer 9% e os subsídios pagos à produção a subirem 9,7%, após uma quase estagnação em 2020 (-0,1%).
Prevê assim o INE um rendimento empresarial líquido na actividade agrícola para o ano de 2021 de de 2.229,58 milhões de euros, contra o valor provisório de 1.944,12 milhões de euros em 2020.
Agricultura e Mar Actual