A direcção da APIC — Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes considera que “é altura de o Governo reconhecer a importância do Ministério da Agricultura e da Alimentação e nomear alguém com conhecimento prático, experiência e idade suficientes para não precisar do Governo para se promover”.
E pede alguém “que saiba servir a causa, ser funcionário público na acepção da palavra, e não, que se sirva do cargo em prol de si mesmo. Sobretudo que seja uma pessoa com a coragem que precisamos para voltar a trazer a dignidade que este sector merece”.
“O secretário de Estado da Agricultura, por questão de saúde, foi substituído, na semana passada e ficámos outra vez com o lugar vazio. Aguarda-se agora saber quem será o novo secretário de Estado. É a pergunta para um milhão de euros. Ainda ninguém sabe”, refere a Associação em comunicado.
E acrescenta que “a agricultura, a pecuária, a indústria agroalimentar, aguardam com a atitude de complacência que lhe são comuns, perante as dúvidas sobre quem será o escolhido pelo Governo. Não somos exigentes, nem pretendemos imiscuirmo-nos no processo de selecção e/ou escrutínio a fazer pelo Senhor primeiro-ministro. Apenas pedimos que o(a) secretário(a) de Estado seja uma pessoa com competência técnica, com capacidade de decisão e que conheça o terreno, não queremos teóricos”.
“Pretendemos ainda que seja uma pessoa desprendida e com capacidade de diálogo”, frisa o mesmo comunicado.
Para a direcção da APIC, “o sector da carne precisa que a pessoa em causa, seja alguém sem medos, que saiba defender o sector que tem contribuído para o desenvolvimento de Portugal, sobretudo o Portugal profundo, onde é tão difícil promover postos de trabalho que garantam a fixação das pessoas”.
E realça a Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes que “deixámos uma pandemia para trás, mas não podemos esquecer que durante todo o período de confinamento, quando as pessoas até tinham medo de sair de casa, não era só por obrigação legal. Desenganem-se, havia também um medo imenso por parte das pessoas em geral de saírem à rua, mas a agropecuária e a indústria dos alimentos continuaram a sua actividade, criando planos de contingências, horários e turnos desfasados para garantir os alimentos à mesa dos consumidores”.
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