O tempo quente, ventos da ordem dos 35 quilómetros hora e a baixa humidade do ar são as condições propícias para os incêndios. E foi isso mesmo que aconteceu, principalmente na região de Castelo Branco, que está indicada pelo IPMA — Instituto Português do Mar e da Atmosfera como zona de risco máximo de incêndio.
Segundo o vice-presidente e vereador com a responsabilidade da Protecção Civil da Câmara de Mação, António José Martins Louro, dos 30% restantes da área florestal do concelho, cerca de 7.000 hectares que sobreviveram às chamas em 2017, “agora já ardeu cerca de 60%”, mais de quatro mil hectares.
A suspeita é de que os incêndios tiveram mão criminosa. Um homem de 55 anos foi detido pela polícia portuguesa por suspeitas de iniciar um dos incêndios no distrito de Castelo Branco. Por outro lado, as autoridades encontraram artefactos explosivos em várias zonas do concelho de Vila de Rei.
Há mais de mil bombeiros, 327 veículos e 13 meios aéreos no terreno.
Serviços do Ministério da Agricultura já no terreno
Entretanto, apesar de estarem ainda em curso trabalhos de rescaldo nas zonas atingidas pelos incêndios dos últimos dias, os serviços do Ministério da Agricultura encontram-se “já no terreno para fazer o levantamento dos prejuízos sofridos em explorações agrícolas, bem como de eventuais necessidades relativamente a tratamentos de animais feridos e alimentação animal, incluindo abelhas“, diz uma nota de imprensa do ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos.
Apoios
“Logo que estejam concluídas as operações de delimitação das áreas atingidas pelos incêndios que têm estado a atingir mais duramente os concelhos de Mação, Sertã e Vila de Rei, o Governo publicará a portaria que definirá as condições de apoio aos agricultores e aos produtores florestais”, acrescenta a mesma nota.
O incêndio que começou no sábado nos distritos de Santarém e Castelo Branco já queimou um total de 7.294 hectares, segundo os dados disponibilizados pelo Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais (EFFIS).
Agricultura e Mar Actual