O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) vão reforçar a vigilância epidemiológica das populações de javalis e cervídeos a nível nacional, no âmbito de um plano hoje, 13 de Dezembro, apresentado, no Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, às organizações do sector da caça, Ordem dos Médicos Veterinários e universidades.
Ao longo dos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro, está prevista a colheita de cerca de mil amostras de tecidos de javalis e veados capturados em pelo menos 100 zonas de caça distribuídas por todo o País, para avaliação e vigilância de diversas doenças, como a tuberculose (em javalis e cervídeos), as pestes suínas Africana e Clássica e a Doença de Aujeszky (em javalis).
Este plano de colheitas será executado com a colaboração de outros parceiros, nomeadamente das organizações do sector da caça e do Instituto Nacional de Investigação e Agrária e Veterinária (INIAV).
Melhorar conhecimento de doenças
Na perspectiva do ICNF, é “fundamental melhorar o conhecimento sobre a prevalência de algumas doenças que afectam os espécimes de caça maior”, tendo em conta “o impacto que os problemas sanitários têm na saúde destes animais, na saúde dos animais domésticos de produção, e ainda aos eventuais potenciais efeitos na saúde humana, quando estão em causa agentes zoonóticos”.
A colaboração entre o ICNF e a DGAV reveste-se, assim, de “grande importância, na medida em que algumas das espécies cinegéticas de caça maior são um recurso natural renovável e desempenham um importante papel nos ecossistemas”, realça uma nota de imprensa do Ministério da Agricultura.
A gestão cinegética destas espécies em particular, inclui a monitorização do seu estado sanitário, nomeadamente no que respeita a identificação de causas de morbilidade e mortalidade relacionadas com agentes patogénicos.
Agricultura e Mar Actual