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Grupo Operacional + Arroz lança livro “Infestantes de Arrozais de Portugal” e manual de “Boas Práticas na Gestão das Infestantes do Arroz”

A Lusosem e o Instituto Superior de Agronomia acabam de lançar, no âmbito do projecto + Arroz, a obra “Infestantes de Arrozais de Portugal” que compila informação sobre a biologia e ecologia de cerca de 70 táxones de infestantes presentes nos arrozais nacionais.

Fruto do trabalho do consórcio é lançado ainda o Manual “Boas Práticas na Gestão das Infestantes do Arroz”, documento de trabalho fundamental para ajudar os orizicultores a implementar estratégias eficazes de controlo das infestantes em cada parcela, através de métodos culturais, mecânicos e químicos.

O consórcio + Arroz é liderado pela Lusosem e integra diversas outras entidades ligadas à produção e investigação na fileira do arroz: ADISA – ISA, Anseme — Associação Nacional dos Produtores e Comerciantes de Sementes, Aparroz — Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado, CotArroz — Centro Operativo e Tecnológico do Arroz, DRAP Centro — Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).

Financiado pelo PDR 2020

O Grupo operacional + Arroz – Sustentabilidade do agro-ecossistema arrozal nacional, financiado pelo PDR 2020, tem como objectivo encontrar soluções estruturais e sustentáveis, orientadas para a resolução do problema do controlo de infestantes no arroz, nomeadamente de Echinochloa spp, nas três regiões orizícolas em Portugal.

As infestantes do arroz representam um problema crescente para os orizicultores em Portugal, tal como noutras regiões produtoras de arroz a nível mundial, e são o principal factor biótico responsável pela perda de rendimento na cultura.

Por outro lado, a resistência das infestantes aos herbicidas é um problema crescente que ameaça a sustentabilidade da cultura, tendo já sido detectadas em Portugal resistências em populações de Echinochloa spp.

“Infestantes de Arrozais de Portugal”

O livro “Infestantes de Arrozais de Portugal” é da autoria de Teresa Vasconcelos, Ana Monteiro, Arlindo Lima e Paulo Forte, docentes e investigadores do Instituto Superior de Agronomia, que contam com uma vasta experiência prática de investigação na cultura do arroz e, em particular, no tema das infestantes. Nos arrozais portugueses estão identificados cerca de 70 táxones de infestantes que esta obra ilustra e descreve quanto às suas características morfológicas – plântula, planta adulta, caules, inflorescências, folhas, flores, frutos, semente – órgãos de propagação e estados fenológicos.

A correcta identificação das infestantes, e o conhecimento da sua biologia e ecologia, é imprescindível para um controlo eficaz, pelo que o livro “Infestantes de Arrozais de Portugal” surge como um documento de consulta obrigatória para técnicos e agricultores que se dedicam à cultura do arroz.

Manual “Boas práticas na gestão das infestantes do arroz”

Já o Manual “Boas práticas na gestão das infestantes do arroz”, que integra os resultados do projecto, é um guia de carácter operacional em que o consórcio propõe ao orizicultor, de uma forma muito prática, uma abordagem sistémica ao problema da gestão das infestantes, através de estratégias que envolvem todo o sistema cultural com uma planificação no médio e longo prazo, e não apenas centrada na aplicação de herbicidas.

No Manual, realizado com uma abordagem simplificada às principais infestantes, incluem-se elementos para o conhecimento e identificação destas infestantes, a problemática das resistências e ponto de situação actual.

No Manual apresentam-se ainda meios de controlo culturais, como a rotação de culturas, técnica que permite reduzir de forma impactante a pressão das infestantes. Nas operações culturais de Outono-Inverno recomendam-se, entre outras, a queima dos restolhos; a incorporação de palhas, restolhos e infestantes no solo com rodas-arrozeiras e o reviramento superficial do solo no início da Primavera, como formas de controlo das infestantes.

A falsa sementeira é proposta pelo consórcio como medida que melhora o controlo das infestantes. Ainda no âmbito dos meios culturais é recomendada a alternância de diferentes técnicas de sementeira do arroz como uma ferramenta útil para a gestão de infestantes.

Guia para o Orizicultor 2020

No capítulo dos meios de controlo químico foi desenvolvido um “Guia para o Orizicultor 2020”, com base nos herbicidas autorizados em Portugal, e são apresentados três programas de controlo das infestantes que se destacaram entre os muitos utilizados. Nestes programas foram usados herbicidas com diferente modo de acção, procurando alcançar uma maior eficácia e, paralelamente, reduzir o risco do desenvolvimento de resistências aos herbicidas. Por fim, mas não menos importante para a eficácia dos tratamentos herbicidas, o Manual inclui um subcapítulo sobre Qualidade da Pulverização.

Para auxiliar os orizicultores a seleccionar os herbicidas mais adequados no controlo de cada infestante, em cada estado fenológico da cultura e estado fenológico das infestantes, o projecto + Arroz criou ainda uma Ferramenta Inteligente de Apoio à Decisão (FIAD).

Todos estes resultados estão disponíveis para consulta no website do projecto, aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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