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Gripe das Aves detectada em capoeira doméstica no concelho de Palmela. Plano de contingência activado

O INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, laboratório nacional de referência para as doenças dos animais, confirmou, ao final da manhã de ontem, 1 de Dezembro de 2021, que um evento de mortalidade ocorrido numa capoeira doméstica no concelho de Palmela ocorreu devido a infecção por vírus da gripe aviária do subtipo H5N1 de alta patogenicidade.

Segundo um comunicado de imprensa da DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, o plano de contingência para a gripe aviária “foi activado de imediato e as medidas de controlo previstas na legislação em vigor estão a ser implementadas no terreno”.

Estas medidas incluem a inspecção ao local onde foi detectada a doença, uma exploração caseira destinada ao autoconsumo, assim como às explorações pecuárias existentes na zona de protecção em redor do foco, as quais também são de detenção caseira de aves de capoeira, não tendo sido identificados, até ao momento, quaisquer estabelecimentos industriais de criação de aves.

Realça o mesmo comunicado que “não há nenhuma evidência epidemiológica de que a gripe aviária possa ser transmitida aos seres humanos através do consumo de alimentos, nomeadamente de carne de aves de capoeira e ovos”.

Migração de aves selvagens na origem

Na origem da doença estará a regular migração de aves selvagens na Europa, provenientes da Ásia e do Leste da Rússia, que têm permitido a circulação viral e a sua transmissão a longas distâncias.

Ocasionalmente, algumas estirpes de vírus da gripe aviária podem infectar outros animais, nomeadamente mamíferos e também o ser humano, no entanto, para que tal aconteça, é necessário que haja um contacto muito estreito entre as aves infectadas e as pessoas ou entre aves e outros animais, acrescenta a DGAV.

A DGAV salienta a importância fundamental do “cumprimento estrito das regras de biossegurança e boas práticas de produção avícola, especialmente aquelas destinadas a evitar contactos directos ou indirectos entre as aves domésticas e as aves selvagens, os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves”.

“É ainda importante a observação diária e atenta das aves de capoeira, incluindo a monitorização dos consumos de alimento e água e dos índices produtivos”, salienta o mesmo comunicado.

E recorda que os operadores que detêm aves de capoeira ou aves em cativeiro “são os primeiros responsáveis pelo estado sanitário dos animais por si detidos e, perante uma qualquer suspeita de doença, a mesma deverá ser imediatamente comunicada à DGAV”.

“A detecção precoce de focos de infecção por vírus Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) é absolutamente essencial para a rápida e eficaz implementação no terreno das medidas de controlo da doença destinadas a evitar a sua disseminação, minimizando, assim, as perdas para o sector de produção avícola nacional”, diz a DGAV.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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