O Governo está a estabelecer contratos programa para a fixação de empresas da fileira florestal que promovam a relação com as áreas de baixa densidade a médio e longo prazo, disse o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas.
Miguel João de Freitas sublinhou a importância de encontrar “novos gestores de território”, sejam organizações ou empresas, “que se instalem nas áreas de baixa densidade”.
“Estamos a falar de organizações de produtores florestais, de baldios, de entidades que já gerem território e que querem lá ficar. Estamos também a pensar nos resineiros, que desenvolvem a sua actividade de forma parcelar, mas que queremos que o façam durante o ano inteiro. Estamos a ver se encontramos um programa para fixar esses empreendedores no espaço florestal”, explicou o governante.
Estudo sobre o mundo rural
Em Lisboa, hoje, 13 de Dezembro, na apresentação de um estudo do economista Augusto Mateus sobre o mundo rural e o desenvolvimento económico e social em Portugal, o secretário de Estado afirmou que “o Governo quer conciliar as políticas de manutenção e as políticas de desenvolvimento económico” na defesa do mundo rural”.
Miguel João de Freitas referiu que “a grande questão é saber qual é o equilíbrio entre esta dualidade de políticas”.
“A ideia é que temos de apostar mais em políticas de manutenção, porque estamos a sentir que as políticas de ajustamento que fazemos estão a criar bolsas de desenvolvimento, mas estão a deixar muitos espaços rurais abandonados”, acrescentou. O objectivo é “criar uma maior conjugação entre políticas de desenvolvimento económico, que geram bens transaccionáveis, e políticas de manutenção, que geram bens públicos”.
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