A Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da Gurada nacional Republicana (GNR), através do Destacamento de Controlo Costeiro de Matosinhos, apreendeu hoje, 24 de Agosto, 1.200 quilos de amêijoa-japonesa (Ruditapes philippinarum), no concelho de Matosinhos.
No âmbito de uma acção de fiscalização, os militares da Guarda abordaram um veículo que transportava 1.200 quilos de amêijoa-japónica sem o documento de registo de moluscos e bivalves vivos, documento essencial para determinar a proveniência e a qualidade das espécies em termos higienossanitários.
No decorrer da acção, explica a GNR em nota de imprensa que foi identificado o condutor de 43 anos, tendo sido elaborado um auto de contra-ordenação por falta de rastreabilidade, punível com uma coima que pode atingir os 1.500 euros.
A GNR relembra que a captura, depósito e expedição deste tipo de bivalves, sem que sejam sujeitos a depuração ou ao controlo higiossanitário, pode colocar em causa a saúde pública, caso sejam introduzidas no consumo, devido à possível contaminação com toxinas, sendo o documento comprovativo da origem fundamental para a prevenção da introdução de forma irregular no consumo.
Amêijoa-japonesa
Explica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que a amêijoa-japonesa é uma espécie originária do Oceano Pacífico que se adaptou com grande facilidade a novos ambientes, pelo que actualmente é abundante na Europa e prolifera pelo Mundo inteiro. Prefere fundos de gravilha miúda e rochosos onde as larvas se podem fixar, mas existe também em fundos vasosos. Esta espécie suporta variações de salinidade significativas.
Em Portugal é uma espécie infestante, isto é, foi introduzida e compete com as espécies locais, sendo cada vez mais abundante nos estuários dos rios portugueses, desde o Norte até ao Rio Sado; no Rio Tejo praticamente substituiu a amêijoa-macha.
Agricultura e Mar Actual