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Frota portuguesa captura 185.417 toneladas de pescado em 2021

A frota pesqueira portuguesa capturou 185.417 toneladas de pescado em 2021, o que relativamente a 2020 representou um acréscimo de 13,2% na produção da pesca nacional. O aumento global do volume de pesca derivou exclusivamente do maior volume de capturas em águas nacionais (+24,8%), uma vez que as capturas em pesqueiros externos (38 399 toneladas) diminuíram 16,6% face a 2020, explica o Instituto Nacional de Estatística (INE) na sua publicação “Estatísticas da Pesca – 2021”.

Do total capturado no ano em análise, 140.562 toneladas corresponderam a pescado fresco ou refrigerado, transaccionado em lota (110.454 toneladas em 2020), no valor de 335.044 mil euros (262.233 mil euros em 2020), o que representou um acréscimo de 27,3% em volume e de 27,8% em valor.

Revela ainda o documento estatístico do INE que o aumento ocorreu tanto no continente, com 123.520 toneladas (+26,2% face a 2020) como nas regiões autónomas, com as capturas dos Açores (11.851 toneladas) superiores em 54,3% e as 5.190 toneladas da Madeira a representaram um acréscimo de 6,7%.

Para o aumento registado no volume destas capturas a nível nacional, contribuiu de forma decisiva o acréscimo de 26,7% ocorrido nos peixes marinhos relativamente a 2020, correspondendo a um total de 117.323 toneladas capturadas.

Captura de sardinha aumenta 83,8%

Foi especialmente significativo o aumento da sardinha, com as 26.697 toneladas capturadas a um acréscimo de 83,8% e a contabilizarem cerca de 23% do volume total de peixes marinhos capturados, ie mais 7,1 p.p., comparativamente ao peso assumido em 2020.

A maior captura resultou do facto da recuperação da espécie ter sido reconhecida cientificamente, tendo sido possível a Portugal e Espanha decidirem aumentar as possibilidades de pesca, com Portugal a dispor de 27 mil toneladas no ano 2021.

Constituíram igualmente acréscimos as 16.634 toneladas de carapau (+13,9%), as 11 781 toneladas de atuns (+72,7%) e as 9.630 toneladas de biqueirão (+75,9%) capturadas no ano em análise.

Algumas espécies com peso no volume total das capturas nacionais de pescado registaram, no entanto, um decréscimo, sendo de salientar a cavala (-3,1%), que com 22.929 toneladas representou menos 6,0 p.p. face ao peso assumido no volume total de peixes marinhos em 2020.

O volume de moluscos contabilizou 20.963 toneladas, tendo sido superior em 30,8% face a 2020. O aumento significativo resultou de capturas superiores para espécies como o polvo (+37,9%), que atingiu as 7.208 toneladas e o choco (+13,3%), com 1.436 toneladas. Igualmente significativa a maior captura de potas (passou de 64 toneladas em 2020 para 2.519 toneladas) e de bivalves, de que são exemplo as 3.921 toneladas de berbigão (+18,7%) bem como as 1.402 toneladas de amêijoas (+38,1%).

Organizações de produtores

Em 2021 estavam reconhecidas 17 organizações de produtores da pesca (OP), das quais 14 sediadas em portos do continente. Estas OP contaram com 2.059 embarcações aderentes em 2021 (mais 60 que em 2020), correspondente
a 52,9% do total de embarcações licenciadas em Portugal.

As descargas de pescado efectuadas pelas embarcações aderentes às OP tiveram como segmento mais representativo a pesca do cerco, mantendo-se a sardinha, a cavala e o carapau como as principais espécies em volume de pescado descarregado, contabilizando 99,0% da sardinha, 78,6% da cavala e 100% do carapau descarregados em portos nacionais no ano 2021.

O volume de descargas de pescado fresco ou refrigerado efectuado pelas OP do Continente em 2021 contabilizou 94 mil toneladas, um acréscimo de 30,6% face a 2020, resultante sobretudo da maior descarga de sardinha (+85,4%), carapau (+46,6%), sarda (+44,1%) e outras espécies (+25,0%). Pelo contrário, as OP reduziram as suas capturas de verdinho e cavala em 36,0% e 6,9%, respectivamente.

Pode ler a publicação “Estatísticas da Pesca – 2021” aqui.

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