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FNA 24. Paulo Raimundo defende “uma reforma profunda da PAC e não apenas do PEPAC”

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, esteve ontem, 16 de Junho, de visita à Feira Nacional de Agricultura (FNA 24), onde defendeu “uma reforma profunda da PAC [Política Agrícola Comum], e não apenas do PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum], assegurando uma mais justa distribuição dos apoios”, pois “não podemos aceitar que 7% dos beneficiários recebam 70% das ajudas”

“Reforma profunda” essa que deverá ligar “os apoios à produção”, pois “ninguém entende que se recebam apoios sem a obrigação de produzir” e assentando na “regulação dos mercados e das produções”, porque “a situação da produção leiteira e agora dos produtores de vinho que não encontram escoamento para a sua produção é sintomática”.

Para Paulo Raimundo,  o Governo deverá “assegurar rendimentos justos aos produtores. Esta é sempre a questão central. Isso implica assegurar o escoamento das produções e combater a ditadura da grande produção. Se os produtores continuarem a receber 20 ou 30 cêntimos por kg de pêra e ela continuar a aparecer nas grandes superfícies a 2€, compreendem-se melhor os lucros dos grupos da distribuição e o sufoco dos produtores”.

O secretário-geral do PCP lembrou ainda o exemplo dos produtores de leite que viram o preço reduzido em dois cêntimos, enquanto os consumidores tiveram que pagar mais dois cêntimos por litro, além de defender “apoios dirigidos aos pequenos e médios agricultores, que ocupam o território, que dinamizam mercados locais, que são os autênticos jardineiros da paisagem”.

Por outro lado, Paulo Raimundo defendeu o “reforço das estruturas do Ministério da Agricultura, designadamente no apoio técnico aos agricultores e as estações de experimentação”.

Segundo líder comunista, “como fica claro pelos muitos exemplos que aqui ali estão expostos [FNA 24], que Portugal tem boas condições para alargar a sua produção agrícola, se for assumido como objectivo nacional defender a produção nacional e a nossa soberania alimentar. Um objectivo estratégico quando a vida mostra os constrangimentos que podem ser colocados ao abastecimento alimentar no nosso País, dos problemas logísticos ao Covid e à guerra. Ora, há dezenas de anos que os Governos vêm falando de equilíbrio da balança agroalimentar e ela continua nos 3.500 milhões de euros negativos. Esta é uma situação insustentável”.

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