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FIPA: aspartame é seguro. E pede apoio ao uso de adoçantes de baixa e nenhuma caloria

A Agência Internacional para a Investigação do Cancro da Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou que o aspartame é “possivelmente cancerígeno” para humanos, mas diz que as provas científicas ainda são limitadas. Já o Comité Conjunto de Especialistas de Aditivos Alimentares da OMS e da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO) reafirma que continua a ser aceitável o consumo diário de 40 miligramas de aspartame por cada quilograma de peso corporal. A informação foi divulgada na noite desta quinta-feira.

O aspartame é um adoçante artificial (químico) amplamente utilizado em vários alimentos e bebidas desde a década de 1980, incluindo bebidas de baixa caloria (ou “diet”), goma de mascar, gelatina, sorvete, produtos lácteos como iogurte, cereais matinais, creme dental e medicamentos como pastilhas para tosse ou vitaminas mastigáveis.

A FIPA — Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares “seguiu atentamente a publicação da revisão abrangente da segurança alimentar do aspartame pelo JECFA – Comité Conjunto de Peritos da FAO/OMS para os Aditivos Alimentares” e realça que “o aspartame é um dos ingredientes mais analisados e investigados ​​na história, com mais de 90 agências de segurança alimentar em todo o Mundo a declará-lo seguro, incluindo a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar, entidade que realizou, até à data, a avaliação de segurança mais abrangente sobre esta matéria”. Por isso, pede o apoio das autoridades públicas e reguladores da União Europeia ao “uso de adoçantes de baixa e nenhuma caloria, com base em evidências científicas sólidas”.

Após esta revisão, diz a FIPA em comunicado de imprensa, o que se conclui é que “o aspartame continuará a ser um dos aditivos alimentares mais usados pela indústria na criação de opções de produtos com menos carga calórica, sendo uma escolha segura e funcional para todos os consumidores que pretendam usufruir do sabor em pleno, sem comprometer o equilíbrio da ingestão diária de calorias recomendadas”.

“O uso de adoçantes de baixa e nenhuma caloria, com base em evidências científicas sólidas, tem um importante papel na prossecução dos objectivos de saúde pública, incluindo a redução do excesso de peso e da obesidade”, adianta o mesmo comunicado.

FIPA preocupada com alarmismo infundado

Nesse sentido, a FIPA “expressa sérias preocupações junto de qualquer tipo de especulação ou alarmismo infundado e que possa gerar confusão na sociedade de consumo, tal como aconteceu recentemente com algumas notícias que espelharam a opinião da IARC – Agência Internacional para a Investigação em Cancro”.

“Qualquer tipo de opinião ou artigo especulativo sobre a segurança do aspartame, e dos produtos alimentares que contêm esse aditivo, não ajudam ao esclarecimento do consumidor, pelo contrário: criam um clima de alarme desnecessário e inconsequente sobre todas as indústrias que transversalmente o usam”.

Para o efeito, a FIPA “apela também ao apoio das autoridades de saúde pública e dos reguladores, para o uso — de forma responsável, comprometida e séria — de adoçantes. Os esforços da indústria para oferecer ao consumidor produtos com menos açúcar só terão resultados positivos se Governo, indústria, comunidade de saúde e sociedade civil trabalharem juntos e em parceria”.

Para a Federação, as autoridades públicas e reguladores da União Europeia devem ajudar de duas maneiras fundamentais: apoiar o uso de adoçantes de baixa e nenhuma caloria, com base em evidências científicas sólidas, reconhecendo o seu importante papel na prossecução dos objectivos de saúde pública, incluindo a redução do excesso de peso e da obesidade; e desenvolver recomendações baseadas em evidências e que não denigram ou discriminem ingredientes que estão aprovados como seguros para uso na alimentação humana.

Garante o mesmo comunicado que a FIPA e as indústrias que representa “continuarão empenhadas no seu compromisso de proporcionar ao consumidor um leque vastíssimo de produtos que primam pela segurança, inovação, sustentabilidade, acessibilidade e equilíbrio nutricional”.

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