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FAABA pede à ministra da Agricultura a manutenção do preço da água de Alqueva

A direcção da FAABA – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo enviou esta semana uma carta à ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, alertando para a situação de seca que assola o território agricultável alentejano. Na missiva, propõe a manutenção do preço da água do EFMA — Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva para a presente campanha.

Por outro lado, pede a aplicação do Artº Nº 55, do Decreto Lei nº 86/2002 de 6 de Abril, que prevê o apoio do Estado às Associações de Beneficiários de rega penalizados pela ocorrência de situações climáticas extremas.

A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo propõe ainda a adaptação das dotações de rega preconizadas pela EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva para as diferentes culturas, às necessidades do ano em curso.

Escassas reservas hídricas

A respeito da gestão da água, a Federação alerta que “relativamente às reservas hídricas para o regadio, os casos mais dramáticos são a bacia do Sado e do Mira com as barragens do Monte da Rocha e Campilhas praticamente ao nível do volume morto, e a de Santa Clara já há 3 anos abaixo deste nível”.

“A Associação de Beneficiários de Campilhas e Alto Sado viu-se obrigada a duplicar o preço da água na presente campanha, aos poucos agricultores que podem regar, para tentar evitar a sua falência, uma vez que a água provém exclusivamente do Alqueva. No Caso das Associações de Beneficiários do Roxo e de Odivelas, os preços da água já vêm sendo ajustados há mais tempo, sendo que, a actual campanha de rega – tal como tem acontecido nos últimos anos – também dependerá quase exclusivamente da água proveniente do EFMA”, pode ler-se na carta.

Para a FAABA, “a situação da Associação de Beneficiários do Mira merece particular atenção. Para além dos problemas com a falta água, acresce ainda um diferendo com a tutela, de difícil resolução, entre o que são as decisões da sua direcção e da sua assembleia geral relativas ao rateio da água e o que são as orientações do Ministério. A tutela pretende, inclusivamente, demitir a actual Direcção, visto que esta tenciona distribuir a água de uma forma equitativa pelos seus associados, beneficiando a maioria, decisão aprovada em assembleia geral, e não apenas uma minoria, que viu, inclusivamente, as suas culturas serem promovidas a permanentes pela tutela. Tal como as Câmaras Municipais de Odemira e Aljezur, também a FAABA se solidariza e apoia as decisões tomadas pelos associados da AB Mira, em sede de Assembleia Geral”.

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