Os agricultores ucranianos, apesar da guerra provocada pela Rússia, continuam a semear. Trigo, cevada, colza, aveia, ervilhas, milho, beterraba sacarina, girassol, soja e batata, tudo está a ser cultivado, apesar dos ataques bélicos e das minas que vão sendo deixadas nos campos agrícolas pelos soldados russos. Tudo para garantir alimentos para a população ucraniana e para garantir exportações agroalimentares. Mas nem todos os alimentos vão poder ser exportados. É preciso uma licença.
As áreas semeadas, em 14 de Abril, das principais culturas de Primavera para a campanha de 2022 no território controlado pela Ucrânia eram de 14.013 mil hectares, ou seja, 2.903,3 mil hectares a menos que no ano passado (16.916,3 mil hectares).
O primeiro vice-ministro de Política Agrária e Alimentação da Ucrânia, Taras Vysotskyi, garantiu à Kyiv TV que a Ucrânia está a aumentar a capacidade de exportação agrícola, apesar dos portos bloqueados pelos ocupantes, e que os seus principais parceiros processo são a Lituânia, a Polónia, a Eslováquia, a Hungria e a Roménia.
“Graças a estes países, é possível exportar os nossos produtos, que são excedentes em termos de consumo interno, para os seus portos para posterior transporte para os países que têm sido importadores dos nossos produtos agrícolas nas últimas décadas”, disse Taras Vysotsky.
Não há exportações livres
E realçou que “não há exportações livres de produtos básicos críticos para o consumo interno. Os alimentos exportam-se apenas mediante a emissão de licenças. Ou seja, o pedido do exportador é sempre considerado e depois o Ministério da Política Agrária avalia se a exportação desses produtos não prejudica o consumidor interno”.
Além disso, o governo ucraniano está a regular os preços dos alimentos de primeira necessidade, como do açúcar, cereais, farinha, ou óleo de girassol. Assim, segundo Taras Vysotsky, “não há fundamento para um aumento significativo do custo dos produtos no país”, apesar de poder “verificar-se uma escassez temporária devido a bombardeios ou interrupção das cadeias logísticas”.
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