O sector do vinho é um “mercado em mudança: Globalização, digitalização, sustentabilidade e novos hábitos de consumo. Maior variedade, concorrência e exigência”. O estudo “Sector do Vinho — Caracterização e Outlook”, realizado pelo departamento de Research Económico do Novo Banco revela que há um “foco no valor e na qualidade”, acrescentando que há “consumidores mais conhecedores e exigentes”, além de um “maior poder de compra e maior abertura ao exterior em mercados emergentes”.
O estudo foi apresentado ontem, 20 de Setembro, na Conferência “O Vinho, o Dão, e a Beira”, promovida pelo Novo Banco, que decorreu no Montebelo Viseu Congress Hotel, integrada na Festa das Vindimas de Viseu que acontece até 23 de Setembro. Festas que o Novo Banco patrocina.
Os analistas do Novo Banco garantem que os consumidores estão “disponíveis para pagar mais pela qualidade” e que, devido à globalização, há uma “maior abertura parta sair dos clássicos e experimentar novos vinhos e novas regiões”.
Maior diversidade e mais exigência
Esta “maior diversidade, segundo os analistas do Novo Banco, favorece “o aparecimento de novos nichos de mercado. Oportunidade para novos produtores (e.g. Europa de Leste, América Latina, mas também Portugal)”.
No campo da digitalização, dizem aqueles analistas que as novas tecnologias (smartphones, Internet, apps, etc.) permitem um conhecimento e acesso fáceis a uma maior variedade de vinhos (e.g. Vivino, Cellar Tracker, Corkz, etc). Assim, o “mercado torna-se mais global, mais concorrencial e mais exigente”.
Foco na sustentabilidade
O estudo do Novo banco acrescenta ainda que os consumidores estão mais “conscientes da sua pegada ecológica. Querem consumir, mas procuram fazê-lo de uma forma responsável”.
Por outro lado, há um “consumidor mais exigente (e.g. transparência na origem e método de produção do vinho; maior foco na produção de vinhos orgânicos e biodinâmicos; recuperação de vinhas antigas)”.
Agricultura e Mar Actual