Os sectores da Economia da Terra têm um peso próximo de 7% no valor acrescentado bruto VAB do total das empresas portuguesas. O peso do sector primário está estabilizado em torno de 2% do produto interno bruto (PIB), com as frutas, hortícolas e vinho a destacarem-se na produção agrícola.
Estas são algumas das conclusões do estudo “A Economia da Terra em Portugal – Caracterização e Conjuntura”, elaborado pelo Departamento de Research Económico do Novo Banco, apresentado hoje, 5 de Junho, durante um almoço na Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo (FNA 23), que decorre no CNEMA — Centro Nacional de Exposições, em Santarém, até 11 de Junho.
Os autores do estudo consideraram como parte da Economia da Terra as actividades ligadas à agricultura, à silvicultura e floresta, à indústria alimentar com base terrestre, à indústria de matérias-primas têxteis vegetais e animais e à indústria de madeira, cortiça e afins.
“O VAB gerado pelas empresas no conjunto destes sectores representa 7% do VAB total das empresas, destacando-se a indústria agro-alimentar e a actividade agrícola e pecuária. Nos 5 anos até 2021 (dados mais recentes), e apesar dos efeitos da Covid-19, este indicador registou um crescimento médio anual (nominal) de 4.3%. Na agricultura, destaca-se a produção de frutas, hortícolas e vinho”, refere o estudo.
Estrutura produtiva
Quanto à estrutura produtiva, refere o documento que as empresas da Economia da Terra pesam mais de 6% no total nacional. Na agricultura, verifica-se a predominância de pequenos produtores, mas a empresarialização está com um peso crescente.
E adianta que os sectores da Economia da Terra tem uma autonomia financeira e rendibilidade do activo acima da média, realçando que as necessidades de financiamento são elevadas no sector agrícola.
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