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Este ano já arderam 74.523 ha em espaços rurais. 2º valor mais elevado desde 2012

A área ardida em espaços rurais, até hoje, 11 de Agosto é de 74.523 hectares, o segundo valor mais elevado desde 2012, ano em que arderam 72.337 ha, segundo os indicadores gerais de incêndios rurais para o ano corrente, obtidos com base no Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF). Apenas o trágico ano de 2017 ultrapassa estes valores, com 146.508 ha perdidos para os incêndios.

Estes valores poderão ser significativamente agravados com o incêndio que deflagrou no sábado no concelho da Covilhã, que poderá já ter queimado mais de 10 mil hectares.

Segundo a página de Internet do ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, até 11 de Agosto registaram-se 8.199 ocorrências (dados ainda provisórios, às 17h00)). Do tal da área ardida, 50% ocorreu em povoamentos florestais, 41% em matos e 9% em áreas agrícolas.

Relembre-se que o 3º relatório provisório de incêndios rurais, relativo ao período de 1 de Janeiro a 31 de Julho, elaborado pela pela Divisão de Gestão do Programa de Fogos Rurais do ICNF, contabilizava já um total de 7.517 incêndios rurais que resultaram em 58.354 hectares de área ardida, entre povoamentos (28.897 ha), matos (23.338 ha) e agricultura (6.119 ha).

Comparando os valores do ano de 2022 — do 3º relatório provisório — com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 6% de incêndios rurais e mais 59% de área ardida relativamente à média anual do período.

Do total de 7.517 incêndios rurais verificados no ano de 2022 — até 31 de Julho —, 5.233 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído (70% do número total de incêndios – responsáveis por 40% da área total ardida). Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 3.536 incêndios (68% dos incêndios investigados – responsáveis por 32% da área total ardida).

Até 31 de Julho, as causas mais frequentes em 2022 são: queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (25%) e incendiarismo – imputáveis (18%), refere o 3º relatório provisório de incêndios rurais.

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