A Estação de Avisos Agrícolas do Norte Transmontano alerta para os efeitos dos nemátodos de quisto da batateira — Globodera rostochiensis e Globodera pallida (Anguílula).
Explica aquela Estação de Avisos que ambas as espécies (Globodera rostochiensis e Globodera pallida) são originárias do Sul do Peru, e têm actualmente uma distribuição mundial. Na Europa, foi detectado em 1880, na Alemanha.
Em Portugal, a espécie G.rostochiensis foi assinalada pela primeira vez, em 1956, na região de Bragança, e a G. pallida em 1988, tendo-se disseminado por todas as regiões produtoras de batata do País. Devido à acentuada perda de produção e qualidade da batata e à facilidade de dispersão destes nemátodos, considera-se o maior problema fitossanitário desta cultura.
Sintomas
Quanto aos sintomas, refere a Circular 2 de 2022 da Estação de Avisos Agrícolas do Norte Transmontano que nas parcelas atacadas verificam-se manchas mais ou menos irregulares, cujas plantas apresentam um fraco desenvolvimento vegetativo, amareladas e murchas.
E acrescenta que as raízes podem ter lesões castanhas e ramificações anormais. Os tubérculos, em menor número, são mais pequenos do que os das plantas sãs, podendo-se observar à superfície pequenas lesões, desvalorizando-os comercialmente.
Meios de protecção
Realça a mesma Circular que sendo o controlo e erradicação destes nemátodos difícil, devido aos mecanismos de protecção e resistência que possuem, deverão ser adoptadas medidas com vista a impedir a sua disseminação para outras parcelas e reduzir as populações nas parcelas infestadas:
● Evitar o transporte de solo infectado para parcelas isentas(nos rodados, alfaias agrícolas ou calçado);
● Evite cultivar batata, ou qualquer outra espécie da família das solanáceas (tomateiro, beringela), na mesma parcela, durante pelo menos três anos consecutivos;
● Assegurar a ausência de infestantes hospedeiras (figueira do inferno, erva-moira, oca, doce-amarga, entre outras) nas parcelas infestadas;
● Utilizar batata-semente certificada e variedades resistentes ou menos susceptíveis.
Diz ainda aquela Estação de Avisos Agrícolas que “os tratamentos químicos não são normalmente utilizados, devido ao seu elevado custo e reduzida eficácia, nem aconselhados, sobretudo, por serem altamente tóxicos para o ambiente”.
Pode ler a Circular 2 de 2022 da Estação de Avisos Agrícolas do Norte Transmontano aqui.
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