A Corteva Agriscience, empresa líder no sector agrícola em tecnologia aplicada a sementes, protecção de culturas e agricultura digital, celebrou em Santarém o seu fórum que ocorre a cada dois anos, sob a marca Pioneer, que dá nome à divisão de sementes da empresa. Um evento, que se tornou um ponto de encontro obrigatório para os principais players do sector da agricultura extensiva em Portugal.
Agricultores, técnicos, entidades oficiais, distribuidores e todos os protagonistas de um sector fundamental para a economia portuguesa, reuniram-se no CNEMA (Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, para acompanhar as intervenções dos principais oradores deste sector.
No discurso de boas-vindas, Luís Grifo, director comercial de Sementes da Corteva Agriscience em Portugal, destacou que “o objectivo fundamental deste encontro foi retirar conclusões claras sobre se é possível, e de que forma, a prática de uma agricultura mais sustentável na actual conjuntura de mercado”.
Agricultura sustentável
O evento foi articulado através de dois grupos de debate. O primeiro deles, celebrado sob o título: “Por uma agricultura sustentável” foi moderado por Francisco Gomes da Silva, da Agroges, e contou com a participação de João Coimbra (agricultor); Paula Carvalho (DGAV); Isabel Ribeiro (Elaia) e João Pedro Salema (EDIA) tendo-se centrado numa primeira fase na definição do conceito de sustentabilidade na agricultura e posteriormente no esforço necessário a ser realizado pelas empresas fornecedoras de matérias primas e pelas explorações para a incorporação de uma política clara e eficiente de sustentabilidade nos processos de produção.
Por outro lado, Paula Carvalho, sub-directora da DGAV, realçou a importância da regulamentação para as empresas do sector: “após a retirada massiva de produtos fitossanitários, algumas culturas ficaram numa situação muito delicada contra a pressão das pragas”. Além disso, conclui ainda “os reguladores têm a obrigação de desenvolver uma estrutura reguladora estável para que as empresas possam investir no desenvolvimento de soluções”.
Volatilidade dos mercados
O segundo grupo, moderado por Jorge Neves, presidente da direcção da Anpromis, focou-se na análise dos mercados no panorama actual. Uma conjuntura marcada por uma grande volatilidade derivada de vários factores internacionais, desde as alterações climáticas até à reviravolta produzida pelas limitações no acesso a alguns mercados fundamentais, motivadas pela imposição de taxas, passando a nível europeu pela revisão em curso da Política Agrícola Comum. Uma política que certamente trará importantes novidades em termos de volume de subvenções, requisitos de percepção, culturas contempladas, entre outras. Tudo isto tendo em consideração a agricultura europeia pós-Brexit.
A jornada foi concluída por Víctor Hernández, business manager para Portugal da Corteva, que destacou a importância deste tipo de fóruns de debate e agradeceu ao público, moderadores, oradores e co-patrocinadores pelas suas contribuições num evento em que a “Corteva quis lançar novamente luz sobre os desafios presentes e futuros, renovando o seu compromisso com os produtores e os consumidores”.
Os debates foram realizados no interior do pavilhão e, no mesmo complexo do evento, os diferentes patrocinadores (Lagoalva, Repsol, Hidrosoph, Tecniferti e Forte) aproveitaram a ocasião para apresentar as suas novidades no recinto anexo.
Fungicida Zorvec
A Corteva dedicou este espaço à sua divisão de protecção de culturas, com uma ênfase especial sobre no seu novo produto Zorvec, um fungicida destinado principalmente à vinha, tomate e batata, cujo novo modo de acção implica uma revolução no mercado.
Este produto não apresenta qualquer tipo de resistência cruzada com os fungicidas existentes e, por outro lado, oferece diversos efeitos no ciclo de vida do agente patogénico (preventivo, curativo, erradicante e anti-esporulante) para uma melhor eficácia e extensão do controlo.
Agricultura e Mar Actual