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Director-geral do GPP propõe uso das técnicas genómicas para aumento da produtividade agrícola

O director-geral do GPP — Gabinete de Planeamento Políticas e Administração Geral, do Ministério da Agricultura, Eduardo Diniz questiona: “como garantir simultaneamente o abastecimento alimentar da população mundial e os objetivos para a transição climática?”. “Em grande medida, a resposta está no aumento da produtividade, assente no desenvolvimento e na disseminação de inovações tecnológicas que possam gerar benefícios para os agentes do sector agroalimentar e toda a população em geral, procurando um equilíbrio económico, social e ambiental”.

Assim, é neste contexto que a edição n.º 30 da publicação Cultivar – Cadernos de Análise e Prospectiva, do GPP, é dedicada ao tema do melhoramento e técnicas genómicas.

“Com efeito, a história da agricultura é uma história de eficiência e introdução de tecnologias na gestão dos recursos naturais, solo, água e biodiversidade. Os desafios foram sendo diversos ao longo dos séculos, mas no essencial é permanentemente renovado o objectivo de alimentar em quantidade e qualidade todas as populações, preservando os recursos naturais”, frisa Eduardo Diniz no seu editorial da edição n.º 30 da publicação Cultivar, realçando que “o melhoramento vegetal e animal está na base deste desenvolvimento da agricultura, tendo os seus métodos evoluído da tradicional selecção de espécies e variedades de plantas e animais para tecnologias genéticas sofisticadas”.

Biotecnologia é uma ferramenta

Para o director-geral do GPP, “convém realçar que a biotecnologia é no essencial uma ferramenta, a par de outras tecnologias que a agricultura foi incorporando ao longo dos anos, em particular com a generalização do modelo químico-mecânico”.

Assim, “o melhoramento e as técnicas genómicas devem ser avaliados pelo uso que deles se retira e pelos impactos positivos ou negativos que lhes possam estar associados. A resistência à adopção de novas tecnologias (movimentos luddistas) é recorrente e baseada em motivações económicas, de justiça social, éticas ou emocionais, às quais tem de se dar atenção para entender quais os limites das próprias tecnologias, bem como a avaliação dos seus impactos”.

Pode consultar edição n.º 30 da publicação Cultivar aqui.

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