A Direcção Regional dos Assuntos do Mar dos Açores promoveu esta semana a limpeza do enrocamento que protege a entrada Norte da Praia de Porto Pim, na ilha do Faial, que resultou na recolha de 10 toneladas de lixo.
O Director Regional referiu que, “dada a tipologia irregular do enrocamento, esta estrutura é propícia a acumular lixo marinho, que fica aprisionado nos espaços entre os calhaus, tornando a sua remoção manual impossível”.
“Perante a constatação da existência de cada vez mais lixo no local”, afirmou Filipe Porteiro, a Direcção Regional procedeu “ao desmonte do enrocamento, à limpeza do lixo e à recolocação da estrutura”.
Quantidade de lixo muito maior do que se previa
“Após o início dos trabalhos, constatou-se que, debaixo das pedras, a quantidade de lixo era muito maior do que se previa, por observação directa dos espaços intersticiais”, afirmou.
O Director Regional revelou que, no total, foram retiradas cerca de 10 toneladas de lixo, “maioritariamente cabos, redes de pesca de várias tipologias, baldes, caixas, tampas e muitos fragmentos de plástico indiferenciado, entre outros”.
Segundo Filipe Porteiro, esta acção de limpeza contribui para a melhoria das condições de salubridade da Praia de Porto Pim, que, “como é sabido, tem tendência para acumular grandes quantidades de lixo flutuante, transportados por ventos e correntes, dada a configuração fisiográfica da baía em forma de saco, aberta aos ventos dominantes de Sudoeste e de Sul”.
Acção durou três dias
Esta acção de limpeza, que durou três dias e representou um investimento de 3.500 euros, insere-se no Plano de Ação do Lixo Marinho dos Açores (PALMA), contando com o apoio operacional do Parque Natural da Ilha do Faial.
O lixo retirado do enrocamento foi reencaminhado para o Centro de Processamento de Resíduos da ilha.
“Parte significativa do lixo retirado tem origem em frotas locais e frotas que cruzam o mar dos Açores, sendo também proveniente de zonas continentais e insulares remotas em relação ao arquipélago”, referiu Filipe Porteiro.
O Director Regional alertou, por isso, para “a necessidade de todos os utilizadores do espaço marítimo e costeiro melhorarem substancialmente a gestão do lixo produzido, tanto a bordo das embarcações, como na fruição dos espaços junto ao mar”.
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