A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária está a divulgar o Plano de Contingência para o Controlo de Tecia solanivora na batata.
Esta praga de quarentena é uma das pragas mais destrutivas, que tanto ataca a batata em cultura como batata armazenada, causando graves estragos nos tubérculos, inviabilizando a cultura da batata.
Foram já registados focos deste insecto nas regiões da Galiza e Astúrias, conforme informação já divulgada anteriormente pela DGAV.
Tecia solanivora
Explica o plano publicado por aquela Direcção que a Tecia solanivora é uma das pragas mais destrutivas, que tanto ataca a batata em cultura como a batata armazenada, causando graves estragos nos tubérculos, muito semelhantes aos orifícios e galerias da traça da batata.
Trata-se de um lepidóptero listado como organismo de quarentena na legislação fitossanitária nacional e comunitária, cuja presença na União Europeia foi reportada recentemente na Galiza (finais de 2015) e Astúrias (2016) – Espanha, onde estão a ser implementadas medidas de erradicação.
A sua presença na Europa era até então conhecida apenas nas Ilhas Canárias (1999), território não abrangido pelo regime fitossanitário da União Europeia, onde se encontra estabelecida e sujeita a medidas de controlo. Esta praga também ocorre na América Central e do Sul, onde constitui um grave problema fitossanitário.
Programa de prospecção
A sua principal via de introdução e dispersão está associada ao movimento de batatas contaminadas. Face ao risco do seu estabelecimento no nosso território e à importância de actuação numa fase precoce da sua introdução, foi estabelecido, no início de 2016, um programa de prospecção deste organismo, implementado pelas Direcções Regionais de Agricultura e coordenado pela DGAV.
Este programa abrange observações nos campos de batata, armazéns de acondicionamento e centrais de embalamento, para despiste da presença de tubérculos com sintomas suspeitos, com especial incidência nos originários de Espanha e em particular das regiões contaminadas.
Foi também emitido o Ofício-circular n.º 36/2016 de alerta, dirigido a produtores de batata, armazenistas e centrais de embalamento, onde se realça que, em caso de suspeita da presença da praga, esta deveria ser confirmada através da colheita de insectos ou de tubérculos contaminados para identificação laboratorial, para o que se deve contactar, de imediato, os serviços oficiais.
Objectivos do plano
Neste contexto, são objectivos primordiais deste Plano de Contingência o reforço da prospecção nas áreas de cultura da batateira e em armazéns, a detecção precoce da praga à escala nacional e a definição das medidas fitossanitárias a aplicar com vista à erradicação da mesma em caso da sua detecção.
Para o efeito, indicam-se a base legal e o grau de responsabilidade e competência das várias entidades intervenientes, dá-se a conhecer com detalhe as características do organismo prejudicial, estabelecem-se os procedimentos para a sua prospecção, identificam-se os meios de detecção e diagnóstico e determinam-se as acções a levar a cabo em caso de suspeita e/ou confirmação da presença da praga com vista à sua erradicação.
Paralelamente, dá-se igual ênfase à formação, divulgação e sensibilização, junto quer dos técnicos oficiais quer dos agentes económicos, à partilha de informação e à rapidez na comunicação.
Pode consultar o plano de contingência completo aqui.
Agricultura e Mar Actual