A ex-ministra da Agricultura e actual presidente do CDS e candidata à Câmara de Lisboa, Assunção Cristas, exigiu hoje, 5 de Maio, o ministro da Agricultura esclareça que medidas tem preparadas para apoiar os agricultores pela situação de seca. E pede a presença de Capoulas Santos no Parlamento. Capoulas diz que as declarações são “lamentáveis e absolutamente oportunistas”.
A líder centrista diz não entender “a ausência do ministro da Agricultura”, argumentando que as queixas se sucedem por parte do sector e têm impacto, por exemplo, nas sementeiras que poderão não se fazer por escassez de água.
A reacção de Luís Capoulas Santos não se fez esperar. Em comunicado, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural considera “lamentáveis e absolutamente oportunistas” as declarações hoje proferidas pela candidata à Câmara Municipal de Lisboa e presidente do CDS/PP sobre a “situação de seca em Portugal”.
Capoulas Santos lembra que “como a senhora bem sabe, ou deveria saber, já em Outubro de 2016 foi adoptado um conjunto de medidas de apoio, no montante de 3 milhões de euros, que beneficiaram os concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa”. Mais recentemente, prossegue o ministro, o Conselho de Ministros aprovou, em 11 de Maio, “a criação de uma comissão permanente para prevenir, monitorizar e acompanhar os efeitos da seca e para elaborar um plano de contingência e estabelecer eventuais medidas preventivas”.
Monitorizar o território agrícola
Neste momento, através das suas Direcções Regionais, o Ministério da Agricultura, está a “monitorizar o território agrícola quinzenalmente e a realizar um levantamento exaustivo desta matéria”, que está em permanente actualização, acrescenta o mesmo comunicado.
Capoulas Santos, que acompanha a situação “com preocupação”, garante que “no momento próprio, com rigor e seriedade, irá adoptar as medidas que a situação for progressivamente justificando”.
O titular da pasta da Agricultura “lamenta a postura da deputada” centrista sobre esta temática, que está a “utilizar a ansiedade e a preocupação dos agricultores para fazer um exercício de prova de vida, e até como argumento de campanha eleitoral, o que é a todos os títulos uma forma de fazer política que eu recuso e que este Governo jamais fará”.
Agricultura e Mar Actual