O Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM), do Ecomare, em Ílhavo, devolveu ao seu habitat natural 23 aves marinhas. As aves contaminadas por óleo, tratadas no CRAM, foram devolvidas à natureza, na passada sexta-feira, na zona da Gafanha da Nazaré.
De um total de 33 aves que deram entrada no CRAM-Ecomare (27 araus-comum, 3 gansos-patola e 3 tordas-mergulheiras), foram reintroduzidas 23 aves (18 araus-comum, 3 tordas e 2 gansos-patola), após terem recuperado totalmente.
Maior centro de reabilitação de animais marinhos da Europa é co-financiado pelo Oceanário de Lisboa e Fundação Oceano Azul
As restantes estavam bastante debilitadas, tendo sido submetidas a tratamento antes de serem descontaminadas. Até ao momento, a taxa de sobrevivência é de 67%, o que revela um enorme sucesso comparado com eventos similares, refere fonte do Oceanário de Lisboa.
Poluição
A chegada destas aves marinhas ao CRAM-Ecomare começou a 5 de Janeiro de 2018. O último ingresso foi a 29 de Janeiro.
Do total das aves, 65% são oriundas de praias entre a Apúlia (Esposende) e Espinho, tendo havido registo de animais oleados ao longo da costa até Santa Cruz, Torres Vedras.
Adicionalmente, foi registado pelo CRAM-Ecomare um total de 65 aves marinhas oleadas que deram à costa já mortas, de 5 a 30 de Janeiro, desde a Praia da Barranha, Póvoa de Varzim até à Nazaré.
As aves marinhas mortas são tordas-mergulheiras, araus-comum, papagaios-do-mar e gansos-patola.
O estatuto de conservação destas espécies na Europa, segundo a IUCN é:
- Torda-mergulheira – “Quase ameaçada”
- Arau-comum – “Quase ameaçada”
- Papagaio-do-mar – “Em perigo”
- Ganso-patola – “Pouco preocupante”
Também foram devolvidos à natureza um fulmar e um ganso-patola, resgatados em Peniche, após um período de recuperação no CRAM-Ecomare.
O fulmar é uma espécie rara nas água portuguesas, e este foi o primeiro registo desta espécie a dar entrada no CRAM-Ecomare.
Agricultura e Mar Actual