O primeiro-ministro, António Costa, anunciou a construção de sete novos navios para a Marinha, no âmbito da revisão da Lei de Programação Militar. O anúncio foi feito no baptismo no navio patrulha oceânico Sines, lançado nos estaleiros navais, em Viana do Castelo.
O primeiro-ministro afirmou que o aumento ao efectivo da Marinha deste navio “é um dia de parabéns para a indústria portuguesa de construção e reparação naval”, que confirma a “vitalidade dos estaleiros” de Viana do Castelo e honra a sua “longa actividade”.
Tecnologia usada foi desenvolvida em Portugal
António Costa sublinhou que “a tecnologia usada foi desenvolvida em Portugal e está ao nível do melhor que se faz em todo o Mundo”, sendo, assim, “um exemplo muito feliz do que pretendemos fazer para reforçar as nossas Forças Armadas”.
Os sete navios são seis patrulhas oceânicos, que juntar-se-ão aos seus congéneres Viana do Castelo e Figueira da Foz, já ao serviço da Armada, permitindo a Portugal uma presença significativa no triângulo Continente-Açores-Madeira. Cada navio patrulha oceânico custa cerca de 60 milhões de euros. Será ainda construído um navio logístico.
Compromisso com a NATO, construção em Portugal
Este investimento integra-se no compromisso de reforço do dispositivo das Forças Armadas, assumido por Portugal junto da NATO, disse o primeiro-ministro.
A construção destes navios deverá ser feita nos estaleiros portugueses. Assim, “cada euro investido passará a valer por três porque reforçaremos a Defesa nacional, o sistema científico e o tecido industrial”, disse ainda António Costa.
O Sines foi tal como os outros dois navios da sua classe construído nos estaleiros de Viana, presentemente sub-concessionados à empresa West Sea, que construirá ainda um outro navio semelhante.
O Navio da República Portuguesa (NRP) Sines integra o efectivo da Marinha desde 6 de Julho, sendo o terceiro navio da classe Viana do Castelo, todos construídos em Portugal.
Navios Patrulha Oceânicos
Os Navios Patrulha Oceânicos destinam-se a substituir as corvetas das classes João Coutinho e Baptista de Andrade reforçando as capacidades operacionais da Marinha em domínios essenciais para o cumprimento da sua missão, como a busca e salvamento, a vigilância, fiscalização e afirmação nacional nos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, e assegurando a Portugal a utilização do seu mar de uma forma sustentável, próspera e segura.
O navio, que teve como madrinha Fernanda Tadeu, é comandado pela capitã-tenente Mónica Martins, e tem uma guarnição de 44 marinheiros.
A cerimónia contou a presença dos ministros da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, e do Mar, Ana Paula Vitorino, e do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante António Mendes Calado.
Agricultura e Mar Actual