A gestão e o controlo da espécie invasora háquea-picante (Hakea decurrens), uma presença cada vez mais comum nas áreas florestais, incluindo pinhais, é cada vez mais essencial. Por isso, o Centro de Competências do Pinheiro-Bravo disponibilizou uma edição técnica, destinada a técnicos e gestores de pinhais.
A háquea-picante possui geralmente porte arbustivo, mas pode atingir até 4 metros de altura, assemelhando-se a uma pequena árvore (excepcionalmente pode atingir até 10 metros de altura). Esta espécie invasora, oriunda da Austrália, encontra-se distribuída um pouco por todo o território do continente português, embora seja mais predominante na faixa do litoral.
Tal como outras plantas invasoras lenhosas (por exemplo, a mimosa), esta espécie coloniza/invade principalmente áreas perturbadas. As folhas de háquea-picante são persistentes, verde-escuras, rígidas e em forma de agulha. O nome comum da espécie sugere uma característica relevante na identificação, mesmo nos indivíduos mais jovens – é extremamente picante ao toque.
O objectivo desta edição “é compilar a melhor informação disponível sobre o controlo de háquea-picante, na perspectiva da gestão silvícola. Além de incorporar o conhecimento científico, pretende-se considerar o possível impacte do controlo de invasoras na conta de cultura. Frequentemente, torna-se financeiramente inviável aplicar o conhecimento existente”, referem os autores da edição técnica.
Também “é comum encontrar situações em que o investimento florestal tem um financiamento público que se rege por regras que podem ser incompatíveis com as práticas de controlo recomendadas. Às vezes, os proprietários pretendem arborizar de imediato e não aceitam esperar alguns anos para o controlo prévio das espécies invasoras lenhosas. O que fazer então?”, questionam.
Pode ler a edição técnica sobre “Controlo de háquea-picante em pinhal-bravo” aqui.
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