A Comissão Europeia propôs hoje, 22 de Novembro, um acto legislativo sobre a monitorização das florestas que colmatará as lacunas existentes nas informações sobre as florestas europeias e criará uma base de conhecimentos abrangente sobre as mesmas, a fim de permitir que os Estados-membros, os proprietários florestais e os gestores florestais respondam melhor às crescentes pressões sobre as florestas e reforcem a sua resiliência.
“Uma melhor monitorização permitirá tomar medidas para tornar as florestas mais resistentes às ameaças transfronteiriças de pragas, secas e incêndios florestais, que são agravadas pelas alterações climáticas, possibilitará novos modelos de negócio, como a agricultura de carbono, e apoiará o cumprimento da legislação da UE [União Europeia] acordada”, refere uma nota de imprensa da Comissão.
As florestas são “um aliado essencial na luta contra as alterações climáticas e a perda de biodiversidade e são cruciais para o florescimento das zonas rurais e da bioeconomia. Infelizmente, as florestas europeias sofrem muitas e diversificadas pressões, incluindo as alterações climáticas e a actividade humana insustentável”, realça a mesma nota.
E adianta que “o quadro de monitorização permitirá a recolha e a partilha atempadas de dados florestais comparáveis obtidos através da combinação da tecnologia de observação da Terra e de medições no solo. A partir dos esforços nacionais existentes, o quadro proporcionará melhores dados e conhecimentos para a tomada de decisões e a execução das políticas, incluindo informações mais actualizadas sobre perturbações naturais e catástrofes florestais em todos os Estados-membros”.
Segundo a Comissão, actualmente, as informações disponíveis sobre o estado das florestas e a utilização dos recursos e serviços florestais “estão dispersas e são incompletas, os dados sobre as florestas da UE estão muitas vezes desactualizados e são produzidos com base em definições divergentes, o que resulta em importantes lacunas de conhecimento. Um sistema de monitorização abrangente eliminará essas incoerências”.
A proposta será agora examinada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, em conformidade com o processo legislativo ordinário.
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