As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Março, apontam para uma diminuição na produtividade dos cereais face à campanha anterior, consequência da escassa precipitação ocorrida ao longo do mês.
O desenvolvimento vegetativo foi diminuto, encontrando-se a maioria das searas na fase do espigamento. Os técnicos do INE prevêem reduções nos rendimentos unitários de 20% para o trigo duro e triticale, 15% para o trigo mole e aveia e de 5% para o centeio.
Batata
Quanto à batata, apesar da falta de resposta do mercado nacional para algumas variedades de batata de semente, a plantação decorreu normalmente, estimando-se que a área plantada ronde os 22 mil hectares (+4% face a 2018).
Março quente e seco
O mês de Março caracterizou-se, em termos meteorológicos, como quente e seco. A temperatura média do ar (12,8ºC) registou um desvio de +0,9ºC face à normal (1971-2000) e a média das máximas (19,5ºC) foi a nona mais elevada desde 1931.
Entre os dias 22 e 31 de Março ocorreu uma onda de calor que abrangeu grande parte da região Norte, a região do Vale do Tejo e alguns locais do Alto Alentejo.
Quanto à precipitação, o valor médio foi de 45,3mm, o que corresponde a cerca de ¾ da normal. No final do mês, e de acordo com o índice meteorológico de seca PDSI, 83,2% do território continental encontrava-se em seca moderada, severa e extrema, o que representa, face ao final do mês de Fevereiro, um aumento superior a 20 p.p..
Agricultura e Mar Actual