Início / Agricultura / CEIT lança nova plataforma online de promoção da maçã Bravo de Esmolfe

CEIT lança nova plataforma online de promoção da maçã Bravo de Esmolfe

O CEIT – Centro Estratégico de Inovação Territorial, no dia em que se assinala o Dia Internacional da Maçã, 21 de Outubro, anuncia uma nova plataforma online de promoção da maçã Bravo de Esmolfe, produto único no Mundo, originário da freguesia de Esmolfe, em Penalva do Castelo. A nova marca e respectiva plataforma online já estão em desenvolvimento e devem ser apresentadas em 2022.

Segundo o presidente executivo do CEIT, Cristóvão Monteiro, este projecto “nasce da necessidade de afirmar uma marca territorial forte que permita relançar o produto, bem como os actores que gravitam ao seu redor”.

Esta maçã é uma verdadeira “vitamina” e um fruto cada vez mais procurado, nomeadamente pelos segmentos de saúde e bem-estar. As suas propriedades benéficas são únicas e estão demonstradas em estudos científicos de diferentes áreas da medicina, explica Cristóvão Monteiro, em nota de imprensa.

O objectivo passa por criar uma autêntica plataforma de cooperação que alavanque a economia local e regional através da promoção dos produtores, comerciantes e restantes elementos da cadeia de valor da maçã Bravo de Esmolfe.

Este projecto pretende não só ajudar a promover o produto, mas também alavancar a actividade turística por via da valorização do território, da sua cultura e das suas gentes. A nova marca e respectiva plataforma online já estão em desenvolvimento e devem ser apresentadas em 2022, depois de um processo de auscultação e envolvimento de todos os stakeholders.

Para além do impacto que será gerado na economia, este projecto pretende ainda produzir conhecimento científico e fomentar a investigação sobre a origem e as características do produto, acrescenta a mesma nota de imprensa.

Maçã Bravo de Esmolfe

Explica fonte institucional da Câmara Municipal de Penalva do Castelo que, como próprio nome indica, esta variedade terá aparecido na aldeia de Esmolfe, no concelho de Penalva do Castelo, há cerca de 200 anos. Provavelmente terá sido obtida a partir de uma árvore de semente, cujos frutos foram muito apreciados, originando uma intensa procura de material e enxertia e a disseminação da variedade.

A existência de condições agro-climáticas favoráveis á manutenção das características que a tornaram apreciada, permitiu o seu alastramento a concelhos vizinhos e garantiu-lhe o estatuto de variedade dominante de que desfrutava em meados deste século.

A maçã Bravo de Esmolfe tem como principais características: calibre médio e pequeno, forma oblonga-cónica epiderme esbranquiçada, eventualmente com manchas avermelhadas; manchada e/ou ralada de carepa na fossa peduncular, podendo atingir até 20% da epiderme; polpa branca, macia, sucosa, doce, com boas qualidades gustativas, aroma intenso, agradável e bastante sui generis; colheita a partir da 2º quinzena de Setembro; conserva-se no frio entre 4 a 5 meses.

As árvores apresentam porte erecto e ramificações de ângulos fechados, vigor muito grande, folhas novas de cor verde clara, tormentosas na página inferior e glabras na superior, folhas adultas ovadas e oblongas, com um comprimento quase duplo da largura, apresentando coloração verde amarelada.

Têm uma floração tardia e uma produtividade média a baixa, com a produção a verificar-se na grande maioria na madeira de dois ou mais anos, com escalonamento médio da maturação. Por outro lado, regista uma entrada muito lenta em produção, com grande necessidade em frio invernal para quebra de dormência.

A área geográfica correspondente à produção de maçã Bravo de Esmolfe abrange cerca de 7.900Km2 e compreende os concelhos de Manteigas, Seia, Gouveia, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Guarda, Pinhel, Covilhã, Belmonte, Fundão, Arganil, Tábua, Oliveira do Hospital, Tondela, Santa Comba Dão, Carregal do Sal, Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Satão, Aguiar da Beira, Viseu, São Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Castro Daire, Trancoso, Sernancelhe, Penedono, Moimenta da Beira, Tarouca, Lamego e Armamar.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

Verifique também

Projecto TrunkBioCode apresenta ferramentas de diagnóstico das doenças do lenho da videira

Partilhar              O projecto TrunkBioCode, liderado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), é tema do …

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.